
O aplicativo Whatsapp é uma das muitas ramificações da corporação multinacional que se esconde por debaixo do Facebook. O Whatsapp foi adquirido pela empresa de Mark Zuckerberg pela “bagatela” de US$ 16 bilhões em 2014 e se encontra no topo dos aplicativos de sua natureza, até porque sua instalação é gratuita e promete a completa confidencialidade aos seus usuários.
Recentemente o Whastapp estabeleceu o limite máximo de 20 envios por vez, alegadamente para dificultar a disseminação das chamadas “fake news“. É que seu uso para a opção preferencial para interessados em disseminar mensagens privadas em campanhas que visam alterar a percepção das pessoas sobre o que está se passando em um determinado contexto.
Mas eis que no dia de hoje o jornal Folha de São Paulo divulgou uma matéria bombástica revelando que um conjunto de empresários estaria envolvido na contratação de empresas para distribuir material contra o candidato Fernando Haddad e a favor de Jair Bolsonaro, o que envolveria o envio de centenas de milhões de disparos no Whatsapp (ver imagens abaixo).

Independente das consequências eleitorais que esta reportagem da Folha de São Paulo, é essencial que todos os usuários do Whatsapp que se preocupam não apenas com sua privacidade pessoal, mas também com manipulações que alterem o funcionamento do sistema democrático, comecem a avaliar seriamente se não é chegada a hora de procurar outros aplicativos para substituí-lo. É que como já apontou o jornalista Leandro Beguoci em uma reportagem publicada pelo site VICE, o WhatsApp virou uma realidade paralela (e perigosa) no Brasil [1].
Como já existem outros aplicativos similares (Telegram e Signal, por exemplo), a possibilidade de mudança não chega a ser difícil. Resta saber se as pessoas estarão dispostas a sair da égide do oligopólio montado pelo Facebook. A ver!