Crise em Barão de Cocais: Vale sabe do risco de rompimento desde o início de março

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Desde os rompimentos ocorridos em Mariana e Brumadinho, não chega a ser nenhuma novidade que há um padrão de ocultação nos problemas de estabilidade que ocorrem em barragens de rejeitos por parte das direções das mineradores. Entretanto, uma matéria assinada pela jornalista Rafaela Mansur para o jornal “O Tempo” informa que a Vale  tinha conhecimento dos riscos de rompimento da barragem Sul Superior em Barão de Cocais (MG) estava com problemas desde o início deste mês.

o tempo barão de cocais

A confirmação deste conhecimento foi verificada pelo Ministério Público Estadual de Minas Gerais em e-mails trocados entre funcionários da Vale que tinham conhecimento de alterações na estabilidade da barragem, o que indicaria o potencial para rompimento.

Ainda que a Vale continue negando a gravidade da situação na barragem Sul Superior, o fato é que agora medidas tardias para orientar a população para rotas de fuga estão sendo tomadas, o que poderia ter sido feito antes e de forma mais organizada e racional.

Este caso reforça a necessidade de que o processo de controle da condição de estabilidade das barragens não fique sob controle das mineradoras, pois está evidente que no caso da Vale o reconhecimento de rompimento das barragens é deixado para quando a situação é praticamente irreversível, evitando assim custos com tentativas de contenção das barragens e com o estabelecimento de estruturas que diminuam a velocidade e o alcance do espalhamento dos rejeitos.

Em assim fazendo a Vale aumenta o ônus econômico e ambiental dos rompimentos de barragens sob sua responsabilidade.

 

 

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