
No dia 05 de Maio mostrei aqui um equívoco grave do ministro da Educação, Abraham Weintraub, que festejou um custo fictício de R$ 500 mil para um exame nacional que, na realidade, custará R$ 500 milhões. Disse naquela ocasião que se não estivéssemos tempos, digamos, tão bagunçados, Weintraub seria sumariamente demitido.
Mas se houvesse quem pudesse pensar que Abraham Weintraub se tornaria mais cuidadoso com seus manuseios públicos de cálculos matemáticos triviais, a pessoa que operou um ajuste draconiano no orçamento de universidades e institutos federais, hoje ele provou o contrário e de forma igualmente bisonha. É que ao lado do presidente Jair Bolsonaro (PSL), o ministro da Educação, Abraham Weintraub, usou bombons para explicar o congelamento médio de 28,46% do orçamento das universidades públicas do país (ver vídeo abaixo).
E qual é o problema aqui? É que o corte feito equivale a 28,5 e não 3,5 bombons! Ainda que em comparação com o erro anterior, a ordem de grandeza do erro tenha caído duas vezes, há que lembrar que Weintraub possui um curso de graduação em Ciências Econômicas pela Universidade de São Paulo (USP), o que torna esse tipo de erro algo inexplicável, para não dizer surreal.
A única explicação que não seja a de pura falta de letramento matemático por parte de Weintraub é que ele estava de gozação com a cara de quem assiste as transmissões que o presidente Jair Bolsonaro faz pelas redes sociais.
Em qualquer uma das opções acima, o caso é grave e torna ainda mais inexplicável a indicação e agora a permanência num dos cargos mais estratégicos da república brasileira.
Só dá para usar o velho cliche “seria cômico se não fosse trágico”!
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