Até o debate presidencial de ontem havia ainda gente que preferia se enganar com o real papel cumprido na cena política brasileira pelo ex-juiz federal Sérgio Moro e senador eleito pelo União Brasil pelo estado do Paraná. Segundo a imagem construída pela mídia corporativa, Sérgio Moro era uma espécie de paladino contra a corrupção e os desvios da classe política brasileira.
A la Padre Kelmon, o ex-juiz Sérgio Moro cumpre o papel de papagaio de pirata de Jair Bolsonaro ao final do debate presidencial de ontem
Ao aparecer ao lado de Jair Bolsonaro após cumprir o papel de conselheiro na condução do debate, Sérgio Moro rasgou a fantasia de paladino contra a corrupção, e se deixou mostrar pelo que realmente é, um personagem sombrio da extrema-direita brasileira para quem corrupção é apenas uma bandeira de ocasião, pois esta ainda comove os segmentos mais reacionários da população brasileira, ou ainda aquelas pessoas desinformadas que caem numa conversa mole que já elegeu muito direitista corrupto ao longo da história da república brasileira.
A tirada de máscara foi tão óbvia que até um apoiador renhido da Lava Jato, Merval Pereira, teve de reconhecer que a ida de Sérgio Moro serviu para acabar com qualquer dúvida sobre sua parcialidade no tratamento das questões judiciais envolvendo o ex-presidente Lula. Como ouvi Merval reconhecendo isso ao vivo, pude ver como as palavras saiam de sua boca como se ele quisesse prendê-las na boca (ver vídeo abaixo).
A verdade é que a ida de Sérgio Moro ao debate coloca por terra até a justificativa para sua saída do governo Bolsonaro que se deu sob a denúncia de que Jair Bolsonaro estava exercendo pressões para impedir o trabalho independente da Polícia Federal. Ainda que verdadeira a denúncia, o que se vê agora é que a saída de Moro provavelmente se deu por diferenças de interesses que nada tiveram com o alegado oficialmente (ver vídeo abaixo onde Moro não responde a uma questão direta sobre a questão da interferência de Bolsonaro na Polícia Federal).
Para quem ainda se enganava com Sérgio Moro de forma sincera, espero que essa “volta à cena do crime” sirva para que toda ilusão cesse. É que depois dessa, quem ainda cair na conversa fiada de Sérgio Moro não é vítima, mas cúmplice do crime.
Como sempre muitos textos mas percebi um erro de português. Quisesse e escrito com.s e nao com z como consta no texti. Quisesse é a forma conjugada do verbo querer no.pretérito imperfeito do subjuntivo na .primeira ou terceira pessoa do singular . Não se trata de uma crítica à materia e sim de um.erro de grafia de uma palavra.
CurtirCurtir
Obrigado! Vou corrigir, pois estou com um problema no editor e não consigo ver os erros.
CurtirCurtir