Encontrei o deputado federal pelo Rio de Janeiro e vice-presidente nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), Washington Quaquá em algum momento do já distante ano de 1999 quando ele ainda pertencia à tendência “Articulação de Esquerda” em uma reunião na sede campista da agremiação. Já naquele momento, notei que o então jovem Quaquá teria futuro no PT, pois era um jovem militante de boa conversava. Obviamente não podia prever nem a trajetória que ele tomaria dentro do partido ou, tampouco, o seu contínuo sucesso eleitoral.
Mas, por outro lado, Quaquá tem se notabilizado por posturas não muito ortodoxas, incluindo o apoio a candidaturas bolsonaristas em nome de supostamente ampliar o diálogo com outras forças políticas, mesmo aquelas que estavam e continuam procurando erradicar o PT da face da Terra.
Por isso, não consigo compreender qual é a razão da gritaria que está ocorrendo com a fotografia tirada por Quaquá ao lado do general da reserva e ex-ministro da Saúde do governo Bolsonaro, Eduardo Pazuello (ver imagem abaixo).
O fato é que esta foto exprime Quaquá em sua forma mais pura e acabada, e que tem sido repetidamente utilizada por ele na seção fluminense do PT, sem que eu veja qualquer reação por parte da militância (se é que ainda existe isso no PT do Rio de Janeiro), nem da direção nacional da qual ele é membro e componente da executiva. Assim, quem estiver surpreso com a foto e as amizades que Quaquá cultiva, só pode estar tendo um momento daqueles momentos “Retrato de Dorian Gray“. Afinal, Quaquá é, e já faz um tempinho, a face mais pública do PT do Rio de Janeiro, sem tirar nem por.