André Ceciliano, então presidente da Alerj, e Cláudio Castro, governador do Rio, no lançamento do SuperaRJ — Foto: Reprodução/TV Globo
Tomando hoje meu café da manhã algo que ocorre normalmente em torno das 6:30 me dei de cara com mais um dos negócios mal explicados do governo de Cláudio Castro envolvendo o programa conhecido como “Supera RJ“. Segundo dados levantados pelo jornal Folha de São Paulo junto ao Tribunal de Contas do Estado (TCE/RJ), tendo distribuído algo em torno de R$ 600 milhões, o Supera Rio teria distribuído recursos não apenas para pessoas falecidas, mas também para servidores públicos.
Além disso, o descontrole teria sido tão grande que a imensa maioria dos beneficiários não compareceu para receber os valores destinados para aliviar os efeitos da crise sanitária causada pela pandemia da COVID-19. Este fato teria gerado outra faceta na bagunça organizada dentro do Supera RJ que foi o roubo de cartões do programa, uma coisa muito curiosa para ficarmos apenas em uma definição preliminar.
Há que se notar que localmente o jornalista Ralfe Reis do Tribuna do Norte Fluminense já havia noticiado esses problemas ainda em 2022, mas somente agora a situação acabou ganhando contornos mais claros com a matéria da Folha de São Paulo.
A explicação que teria sido dada pelo governo do Rio de Janeiro é de que o tamanho do Supera RJ tornou o programa difícil de controlar, o que, por sua vez, explicaria todos os problemas que estão agora vindo à tona. Essa desculpa esfarrapada não resolve muita coisa, apenas coloca um selo de incompetência sobre Cláudio Castro e sua equipe.
Por outro lado, o mesmo governo que joga dinheiro fora por incapacidade básica de gestão nega aos servidores públicos uma parcela da recomposição salarial pífia que havia sido aprovada em acordo feito dentro da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro sob a alegação de que é preciso controlar os gastos do estado. Ora, isso parece conversa de ferreiro em que em casa o espeto é de pau.