
Abelhas Jataí da espécie Tetragonisca angustula
Um estudo de autoria de um grupo de pesquisadores brasileiros ligados à Universidade Federal da Bahia (UFBA)e à Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) que acaba de ser publicado na revista Ecotoxicology revela os impactos do herbicida glifosato sobre a abelha nativa Tetragonisca angustula (Jataí).
Segundo o grupo liderado pelo professor Vinícius Cunha Gonzalez, do Laboratório de Bioquímica e Biofísica do Instituto Multidisciplinar em Saúde, Universidade Federal da Bahia do campus de Vitória da Conquista, os experimentos realizados detectaram que o contato das abelhas Jatai com o glifosato resultaram em morte, alterações motoras (diminuição da velocidade e tremores), autolimpeza excessiva e desorientação (voltar à luz e parar). Em outras palavras, o glifosato mostrou ter um efeito devastador sobre esse grupo de abelhas nativas, mesmo em doses baixas.
Além disso, os pesquisadores alertaram que “embora não tenhamos testado os efeitos da polinização, podemos inferir de nossos resultados que esta formulação pode afetar negativamente a atividade de polinização de T. angustula“. Em outras palavras, o uso do glifosato está provavelmente afetando a capacidade desses polinizadores de alcançarem a sua melhor performance, quando não morrem de forma imediata pelo contato com esse herbicida que simplesmente é o agrotóxico mais vendido em todo o planeta.
A importância deste estudo é ainda maior quando se considera que o declínio das populações de abelhas diminui os serviços de polinização, danificando plantas e a biodiversidade agrícola, sendo importante notar que os agrotóxicos são um dos principais responsáveis por tal declínio.
Estranho. Tenho abelhas Jatai e faço aplicação de Glifosato e nunca teve problema algum com as abelhas e sua produção.
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Sem as abelhas o planeta morre
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Glifosato não mata abelha porque é herbicida. O que pode matar é inseticida.
Bem diferente.
Eu acho que a pessoa que colocou essa notícia se e equivocou ou
fez intencional para atrapalhar o agro.
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Sua justificativa “atrapalhar o agro”
enfraqueceu seu posicionamento!
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Gostei de ver 2 pontos de vista.
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E muito complicado,pois sem o glifosato não e possível fazer plantio direto,que e o sistema que protege o solo,contra erosão e se o glifosato for proibido,temos que voltar a fazer plantio convencional,arriando e gradeando a terra, favorecendo a erosão ,do solo, assoreamento dos rios,e por consequência mortandade de peixes e poluição das águas por partículas sólidas (argila),dificultando muito o tratamento da água para abastecimento d cidades,ou até impossibilitando,se não for mais possível usar o glifosato e não houver outro substituto,teremos uma catástrofe ambiental sem precedentes!
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Maior catástrofe do que a extinção das abelhas não será.
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O melhor e a ciência trabalhar para continuar com o sistema de plantio direto,nos oferecendo um herbicida não tóxico p abelhas,e que consiga ter o mesmo efeito contra ervas invasoras do glifosato!mas infelizmente por enquanto não temos um substituto,sou agricultor,e não gosto de usar glifosato, gostaria muito de um outro herbicida substituto,Mas até agora a ciência e a indústria não nos ofereceu,uso glifosato por “obrigado”, não por gostar,já que sem ele não posso fazer o cultivo na palha,plantio direto,e se for de arar a terra,logo dentro de poucos anos fica improdutiva,fora a erosão,etc, então eu espero ansioso por uma técnica alternativa de plantio direto,sem uso de glifosato e que seja viável!,afinal seria um enorme avanço!mas parece que a ciência e governos não querem!
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Angelo, a verdade é que já estamos em meio a uma transição no campo dos agrotóxicos, saindo dos químicos para os biológicos. Em pouco tempo haverá agrotóxicos biológicos para substituir até o glifosato. Até lá, o Brasil servirá como latrina química das grandes corporações produtoras destes venenos agrícolas, com custos altíssimos do ponto de vista ambiental e para a saúde humana.
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Respeito todos os pontos de vista e opiniões. Entretanto, defender um produto químico tóxico não me parece razoável. Claro que temos poucas soluções hoje, mas já sabem que dosagem adequada e manejo correto pode minimizar os impactos sobre as abelhas. Difícil é convencer os usuários disso pois o que é mais conveniente e econômicos não necessariamente é o mais barato. Fato é que o uso do Glifosato e de outros precisa ser repensado e substituído. Lembro a quem não acredita no mal do Glifosato que este artigo publicado é recente e não é o único, vários também tratam de outro problema que são as doenças humanas causadas pelos venenos. Enfim, apesar de ser um Herbicida como disseram aqui ele faz mal sim à saúde humana e dos polinizadores. Basta lerem o artigo que viram que foi um estudo sério e científico. A ciência está aí para ajudar e não para atrapalhar, vejam o recente Covid. Vamos buscar sempre o conhecimento antes de criarmos brigas desnecessárias.
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É possível fazer tudo na roça e ter comida sem agrotóxico . O agro bilionário quer é folga e dinheiro no bolso sem esforço… Acha que não terá consequencias …. Se não tivesse , vários países não teria proibido…
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Claro que e possível produzir sem agrotóxicos,o problema e o custo de produção e uma menor oferta de alimentos,sou pequeno produtor rural,e sei muito bem está realidade,meus pais produziam no sistema antigo,sem nenhum tipo se agrotóxico,mas a produtividade era baixa,cerca de 1/4, do q e hoje,com agricultura orgânica não e possível produzir alimentos para toda a população!, então temos q escolher,comer comida produzida com agrotóxico,ou viver na subnutrição,se toda agricultura do planeta fosse orgânica infelizmente hoje teríamos alimentos p apenas 1/4 da população, somente os mais ricos teriam dinheiro para comprar,os mais pobres a maioria da população teria q morrer de fome! o preço dos alimentos iriam subir absurdamente,já que a oferta seria bem menor!e uma realidade bem complicada!eu mesmo já quiz praticar agricultura orgânica,mas foi inviável,o custo superou o lucro,tive prejuízo,para subsistência até e possível,mas p venda e muito difícil,já que a limpa tem que ser mecânica,enxada,e quando entra um a doença na plantação e muito difícil controlar,e como uma doença em uma criança,só com chá e difícil curar,as vezes tem que ir no médico e tomar remédio químico,vacina,etc,com plantas e semelhante,quando entra um fungo,ou um inseto devorador,as vezes só com biológicos e difícil controlar!
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A agricultura sustentável tem demonstrado aumento de produtividade em diversos exemplos pelo país. Não procede a ideia de que produziria menos. O preço alto dos orgânicos é problema de oferta. Já vem sendo desenvolvidos novos implementos que garantem a eficiência do manejo da palha sem glifosato. E produtos biólogicos que também servirão como alternativa. A agricultura tem que avançar para alternativas sem agrotóxicos. O Brasil já poderia ter a agricultura mais sustentável do planeta. Precisa vontade política e visto de futuro dos agricultores. O mundo não quer mais veneno. Só precisa de veneno quem produz praga.
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O grande problema que temos no Brasil hoje que misturamos politica com questão ambiental e produção agropecuária. O fanatismo por políticos como existe no Brasil, buscou separar o meio ambiente da agricultura, onde você deve escolher se é a favor ou contra a produção, ou contra o meio ambiente. Costumo dizer que nos últimos anos o Brasil piorou muito porque antes tínhamos os fanáticos por um politico hoje temos por dois. O brasileiro está mais egoísta, menos sensível, mais intolerante ou seja pioramos como seres humanos. Paramos de pensar e agir com lógica com bom senso, inclusive sobre saúde humana, ambiental ou mesmo como viver em sociedade.
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