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A carta emitida nesta 4a. feira (09/7) pelo presidente dos EUA, Donald Trump, para explicitar pro um lado seu alinhamento com o ex-presidente Jair Bolsonaro que tenta fugir de uma prisão quase inevitável e, de outro, para anunciaru uma taxação extra de 50% em produtos brasileiros é uma daquelas oportunidades históricas que se oferecem poucas vezes para quem, como o presidente Lula, está em uma posição pressionada.
É que Trump está oferecendo a Lula a chance de colocar os seus adversários da extrema-direita bolsonarista na condição de serem um tipo de Joaquim Silvério dos Reis (aquele que traiu Tiradentes) do Século XXI, já que um artífices desse ataque à soberania é o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, o deputado em auto-exílio, Eduardo Bolsonaro.
Resta saber se Lula vai aproveitar a ocasiã que lhe é oferecida ou vai optar por uma saída negociada com Trump. Como o Brasil acaba de sediar um reunião dos BRICS, qualquer posição recuada pegará mal dentro do próprio bloco, a começar pela China e pela Rússia.
Os próximos dias poderão ser decisivos não apenas na relação com o governo de Donald Trump, mas também para decidir os rumos da política brasileira. Seja qual for a resposta do governo Lula, o que não pode se deixar de dizer é que não é possível conviver tranquilamente com forças políticas que buscam a intervenção direta e explícita de governos estrangeiros para se impor no plano interno.
