
O prefeito Wladimir Garotinho dando boas vindas a Nilton Hang que promete para “breve” a instalação de uma estátua da liberdade na planície goitacá
Tive o desprazer de assistir um vídeo em que o prefeito de Campos dos Goytacazes “faz sala” para Nilton Hang, diretor de expansão da famigerada Havan. O prefeito apresenta a chegada da Havan como uma confirmação de que em se trabalhando, a coisa vai.
Mas o que é e o que vende a Havan? A Havan é uma rede de lojas de departamento brasileiras que vende uma vasta gama de produtos nacionais e importados no varejo e atacado, incluindo vestuário, eletrodomésticos, eletrônicos, utilidades domésticas, móveis, brinquedos e alimentos, muitas delas produzidas pelo setor de produtos menos qualificados das corporações chinesas. Além disso, a Havan se notabilizou por suas grandes lojas terem fachadas inspiradas na feiosa arquitetura americana e por colocar réplicas horrorosas da Estátua da Liberdade no interior dos seus estacionamentos.
Em outras palavras, a Havan é uma dessas combinações estereotipadas que, por um lado, vende os valores morais de um potência decadente (os EUA), enquanto entrega produtos de segunda linha produzidos pela potência emergente (a China).
Eu diria que até aí ainda vá lá, pois quem quiser comprar produtos ruins por preços caros que compre. O problema é que essa chegada e a promessa minguada de empregos como se fossem grande coisa se dá em uma cidade em que uma parcela significativa, cerca de 150 mil cidadãos segundo dados da própria prefeitura, vive abaixo da linha da pobreza, e precisa encarar a fome diariamente, não como exceção, mas como regra.
Em outras palavras, a chegada da Havan não resolverá problemas cruciais, e ainda pode piorar outros, pois toda vez que uma grande loja de departamentos chega em algum lugar, centenas de pequenos estabelecimentos são fechados por não terem como concorrer.
Que reportagem lixo! Um cara que em todo o Brasil emprega 25.000 pessoas, recolhe 7 bilhões de reais em impostos, cuja a loja costuma a ser referência no local onde se instala, gera riqueza para o município, para o estado, cria empregos locais, cujos funcionários podem subir dentro da empresa que tem como lema a meritocracia, que paga 14, 15 salários por ano….Esse colunista tem que se informar muito melhor sobre a Havan. Quantos empregos esse colunista gera? O que esse colunista representa para o seu município?
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Sérgio, não se trata de reportagem, mas de um texto de opinião. E se ela não te serve, faça o seguinte, não leia mais o meu blog.
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