Os seguranças privados que prestam serviços na UENF estão reunidos desde manhã na entrada principal do campus, deixando a universidade efetivamente desguarnecida. Aos seguranças a informação que foi dada é que a paciência da empresa estaria chegando ao final, após cinco meses de falta de pagamentos. O limite que teria sido dado para o cumprimento das obrigações já teria sido ultrapassado, o que poderia ocasionar, segundo o que me foi dito por vários seguranças, é o cancelamento do contrato.
Dois pontos que mereceriam o devido esclarecimento por parte da reitoria da UENF e do (des) governo de Sérgio Cabral:
1) a empresa HOPEVIG está mesmo sem receber o que tem a receber da UENF há cinco meses?
2) Qual é o plano de contingência para um eventual abandono da empresa do campus Leonel Brizola?
Essa situação já vinha sendo ventilada de maneira mais subliminar pelos seguranças desde meados de 2013, mas agora parece que a coisa ficou crítica. É que as empresas que possuem contratos com o Estado adoram quando tudo está sendo pago de acordo com o que foi acertado (muitas vezes a preços bem salgados), mas não hesitem em abandonar o barco quando as coisas não vão de acordo com a necessidade básica de qualquer empresa que é ter lucros.
Agora, o fato é que a falta de pagamentos de empresas terceirizadas é apenas a ponta do iceberg da situação em que o (des) governo de Sérgio Cabral colocou as universidades estaduais. Lamentavelmente isso não fica mais claro por causa da omissão e cumplicidade das reitorias.
Mas o mais preocupante é que a empresa Hopevig teria informado hoje aos seus empregados na UENF para que não contem com seus salários de janeiro! Como assim? A UENF não honra suas obrigações e quem sofre as consequências são os empregados? Essa situação, se confirmada, deverá merecer a mais rigorosa apuração do Ministério Público do Trabalho, Afinal, só relógio trabalha de graça e, até onde eu saiba, as leis trabalhistas ainda não foram abolidas no Brasil.
