UENF: Pezão pediu voto de confiança apenas para ter mais tempo para apertar o garrote

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No dia 06.06.2014, o (des) governador Luis Fernando Pezão esteve na UENF e pediu um voto de confiança dos sindicatos, inclusive o dos professores que estavam em greve. Segundo Pezão, ele usaria este gesto para estudar formas de melhorar a proposta enviada inicialmente pela Secretaria Estadual de Planejamento e Gestão (SEPLAG). 

Hoje, 19 dias depois daquela visita, enquanto Pezão inaugurava uma ETA em São João da Barra, a sua base parlamentar inviabilizou qualquer chance de melhoria para uma reposição de perdas que minimizasse a sangria salarial de professores, e principalmente, servidores técnico-administrativos da UENF. Ao final, o máximo que se conseguiu no caso dos professores, e sob muita pressão da ADUENF e dos membros da Comissão de Educação da ALERJ, é que a segunda parcela da mixaria entregue pelo (des) governo liderado por Pezão seja paga em março de 2015, e não em julho como queria o secretário Sérgio Ruy. 

Essa postura intransigente do (des) governo do PMDB não apenas para com os servidores da UENF (professores inclusos), mas com todo o funcionalismo estadual, certamente manterá um clima de intranquilidade pairando sobre o campus Leonel Brizola em Campos dos Goytacazes, e no campus avançado de Macaé.  

Há ainda que se mencionar que três dos deputados estaduais da região que compõe a base governista (Christino Áureo,  João Peixoto e Roberto Henriques) votaram contra a alocação de 6% do orçamento estadual para o uso das três universidades fluminenses.  Depois não adiantará esses políticos aparecerem na UENF para pedir voto, pois lembraremos de que lado eles estiveram num momento tão crucial da história de nossa jovem universidade.

Pior sorte ainda enfrenta a reitoria da UENF que foi apontada hoje no plenário da ALERJ pelo deputado Comte Bittencourt, presidente da Comissão de Educação, como tendo tido uma condiçaõ desastrosa em todo o processo de luta pela reposição salarial de professores e servidores. Se o descrédito interno já era forte,   a exposição pública feita por um parlamentar que é normalmente cordato e polido, deixa os atuais gestores da UENF numa posição para lá de precária. 

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