20 Maracanãs queimados! Essa é a primeira estimativa sobre a área atingida pelo fogo no entorno do Porto do Açu:

Ontem após o fogo que ocorreu nas terras que a empresa controladora do Porto do Açu herdou da falecida LL(X) li uma matéria que dizia que um equivalente a dois campos de futebol teria sido atingido pelas chamas que duraram quase 24 horas.

Pois bem, hoje me dirigi ao Earth Google e defini a área mínima que pode ter sido queimada, e cheguei ao valor de 20.7 hectares, o que equivaleria a 20 e não 2 campos de futebol. Em suma, em vez de 2 Maracanãs, tivemos pelo menos uns 20 Maracanãs pegando fogo!

Aviso logo que eu usei a área mínima baseado numa estimativa conservadora, pois possivelmente a área atingida foi maior. Lá no Paraná, onde minha família possui uma série de pequenas propriedades rurais, um incêndio desta magnitude seria seguido imediatamente por uma visita de técnicos ligados ao Instituto Ambiental do Paraná (IAP) que iriam lavrar autos de infração e aplicar multas ambientais.

Eu fico imaginando se o INEA já fez essa visita para apurar a dimensão do dano ambiental causado por um incêndio cujo controle para impedir sua ocorrência caberia tanto à Prumo Logístico como à Companhia de Desenvolvimento Industrial do Rio de Janeiro (CODIN) que possuem terras afetadas pelo sinistro em questão. 

Será que esta visita já aconteceu, ou vai ter que esperar a abertura de outro processo pelo Ministério Público Federal (MPF)? Afinal, a estiagem não poderá ser usada como bode expiatório para mais este incidente no entorno do Porto do Açu. É que se perguntarem para qualquer agrônomo recém formado na UENF, a resposta mais provável é de que a magnitude deste incêndio não tem nada de natural, mas de manejo de áreas de pastagens abandonadas.

Em tempo: nos próximos dias irei fazer análises mais rigorosas sobre a área queimada em caso de precisar confeccionar outro relatório para o MPF!

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