Folha de São Paulo mostra problemas sociais e ecológicos causados pelo mineroduto Minas-Rio

O jornal Folha de São Paulo colocou hoje no ar uma matéria sobre os graves problemas sociais e ambientais que estão sendo causados na região de Conceição do Mato Dentro (MG) pelo início do funcionamento do mineroduto Minas-Rio que é operado pela multinacional Anglo American (Aqui!).

O título da matéria é “Maior mineroduto do mundo começa a funcionar em meio a queixas” apresenta uma coleção de problemas ambientais e de perturbação do cotidiano dos moradores de município. Além da mortandade de peixes, contaminação de nascentes e uso excessivo de água em um período de seca histórica (o mineroduto consome 2.500 litros cúbicos de água por hora, o que seria suficiente para abastecer uma cidade de 220 mil habitantes!), há também a ocorrência da trepidação das casas dos moradores que causam rachaduras nas casas próximas pelos locais onde o mineroduto passa.

Mas um detalhe que conecta os moradores de Conceição do Mato Dentro aos seus congêneres no V Distrito de São João da Barra, não é o mineroduto propriamente dito, se relaciona às disputas em torno da venda de propriedades já que os agricultores reclamam dos preços pagos por suas terras.

Aliás, há outro detalhe que conecta os dois pontos do mineroduto Minas-Rio: o descompromisso da Anglo American com a resolução dos problemas que está causando, tudo em nome da geração de lucros. 

O mais lamentável é notar que também os problemas causados pela omissão dos órgãos governamentais no que tange à exercer o que a legislação determina em termos de proteção ambiental e de defesa dos direitos dos agricultores que tiveram o azar no caminho deste megaempreendimento. E aproveito para frisar que o nome disso não é desenvolvimento, nem aqui, nem na China, que para onde a Anglo American planeja mandar o minério de baixa qualidade que o ex-bilionário Eike Batista lhes vendeu.

 

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