Após uma longa espera, a Agência de Proteção Ambiental (EPA) dos EUA finalmente concordou em restringir a fabricação e uso de agrotóxicos neonicotinóides, e impôs uma moratória na aprovação de novos produtos dessa classe de inseticidas (Aqui! e Aqui!). Os neonicotinóides têm sido associados a mortes de abelhas, e restrições ao seu uso já tinham sido estabelecidas anteriormente pelo Serviço de Pesca e Vida Selvagem (FWS) , embora o FWS ainda tenha que fazer valer o seu novo conjunto de regras.
O estado do Oregon proibiu o uso de neonicotinóides em terras públicas, e em 2013 a União Europeia emitiu uma moratória temporária sobre o uso desses produtos até que mais pesquisas sobre os efeitos ambientais dos agrotóxicos possam ser realizados.
Essa decisão da EPA ocorre após a publicação de um artigo por pesquisadores da Harvard University que demonstrou que o uso dos neonicotinóides é o principal fator responsável pela ocorrência cada vez mais comum do conhecido “Distúrbio do Colapso das Colônias” (CCD) (Aqui!). De acordo com o Serviço de Pesquisa Agrícola do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, CCD é uma síndrome misteriosa em que uma colmeia de abelhas é encontrada sem abelhas adultas ou corpos de abelhas adultas, mas com as abelhas jovens, uma rainha viva e mel ainda em seu interior.
Enquanto isso no Brasil, o uso de neonicotinóides continua em evolução, sem que medidas cautelares como as sendo adotadas pela EPA estadunidense estejam sendo sequer cogitadas. Esse é mais um caso do algo que não é bom para os agricultores estadunidense, acaba sendo empurrado para dentro do Brasil.