O final de 2015 está sendo duro de engolir para centenas de milhares de servidores públicos que estão sendo lesados no seu direito de receber o seu décimo terceiro salário. Mas a perda dos servidores é apenas uma das muitas que estão sendo impostos pelo (des) governo do PMDB comandado pelo (des) governador Luiz Fernando Pezão. O desmantelamento do serviço público está por todo lado, e paira como uma ameaça sobre o futuro do Rio de Janeiro em todas as áreas.
O argumento sendo vendido por Pezão e sua trupe é de que vivemos uma crise sem precedentes e que estaria ligada à crise geral pela qual passam o Brasil e o resto do mundo. Não bastasse o fato de que a maioria dos estados e municípios brasileiros estão honrando suas obrigações trabalhistas com seus servidores, a notícia abaixo que foi publicada no dia 12 de Dezembro de 2015 mostra que sob a égide do PMDB e de Pezão, a crise que consome o Rio de Janeiro é acima de tudo seletiva.
O fato é que em meio ao caos instalado em hospitais e escolas, bem como no sistema privatizado de transporte, quem perde é a população para que as corporações ganhem bilhões na forma de isenções fiscais. E o pior é que essas mesmas corporações estão em sua maioria na lista dos grandes devedores de impostos.

Uma pessoa menos ingênua perguntaria qual é a razão de tamanha generosidade que nada recebe em troca. Eu indicaria que a resposta para isso está em algo muito simples: a lista dos grandes contribuintes da campanha eleitoral de Pezão e seus deputados na Alerj.
Por último, permitam-me voltar ao escabroso empréstimo que o (des) governo Pezão negociou e que quer empurrar para as costas dos servidores para que eles tenham um final de ano menos intranquilo e que possam pagar suas primeiras contas de 2016. Essa proposição é vergonhosa e humilhante, pois Pezão e o (des) secretário de Fazenda Júlio Bueno sabem que a depreciação salarial imposta no Rio de Janeiro nas últimas décadas tornou incontáveis servidores prisioneiros de empréstimos bancários e até com agiotas. Assim, para muitos será impossível recusar a fórmula do empréstimo bancário para receber o resto de seu décimo terceiro. De minha parte, já que felizmente não estou em situação financeira desesperadora, eu recurso este verdadeiro “Cavalo de Tróia” imposto por Pezão e Júlio Bueno. É que a última coisa que eu quero fazer é ajudar os bancos a ganharem ainda mais dinheiro com a desgraça dos servidores estaduais.
E humildemente sugiro aos servidores estaduais que puderem que recusem esse empréstimo descabido. E que em 2016 estejamos mais atentos e dispostos a defender o Rio de Janeiro e seu povo da crise seletiva que o (des) governo Pezão está nos impondo.

