
Venceu ontem (03/02) o prazo dado para a Mineradora Samarco (Vale + BHP Billiton) depositar R$ 2 bilhões da ação judicial de R$ 20 bilhões movida pela União e pelos estados de Minas Gerais e Espírito Santo contra a mineradora e suas controladoras, Vale e BHP Billiton.
É importante lembrar que há 16 dias, a Samarco fechou um acordo com a Advocacia-Geral da União (AGU), os governos de Minas e Espírito Santo para o pagamento do valor que será usado para a implementação do plano inicial de recuperação ambiental, depois do rompimento da barragem de rejeitos de minério em Mariana.
Mas passado o prazo estipulado pelos entes federados passou, e adivinhem o que a Samarco fez. Nada! Isso mesmo, nada! Não pagou um mísero centavo pelos prejuízos causados pela sua negligência e que resultou no maior desastre da mineração mundial nos últimos 100 anos! E o pior é que as poucas condicionantes que a Samarco estava cumprindo já estão sendo suspensas pela justiça a partir de ações impetradas pela mineradora e suas controladoras, como foi o caso do suprimento de água potável na cidade de Colatina.
Eu fico imaginando o que aconteceria na Austrália, sede da BHP Billiton, se um caso como esse acontecesse. Certamente o problema não seria tratado como tamanha “generosidade” pelo governo australiano.
Agora, vamos ver o que acontece depois do Carnaval. Mas uma coisa é certa, se depender da Samarco, da Vale e da BHP Billiton, o que teremos é mais procrastinação no reparo das barragens que seguem instáveis em Mariana. Simples, mais ainda assim deplorável!