Estou na Universidade Estadual do Norte Fluminense (Uenf) desde janeiro de 1998. Ao longo de 18 anos eu nunca vi uma situação tão calamitosa na instituição. Estamos sob a ameaça de cortes de serviços essenciais como água e eletricidade, e já não temos acesso a serviços telefônicos desde fevereiro.
O custo de colocar as contas da Uenf em dia, R$ 11 milhões, é um pingo de água num orçamento anual de quase R$ 80 bilhões. Assim, não é o valor das contas que emperra que o (des) governo do Rio de Janeiro faça a liquidação das dívidas acumuladas.
Então qual é a razão de se colocar um patrimônio inestimável como a Uenf sob risco de fechar? A decisão tem que ser política, e bem calculada. Uma possibilidade é realizar a privatização parcial da Uenf sob o argumento de que o Estado não possui a necessária capacidade de financiamento.
Esta posição é desmentida pelos bilionárias isenções fiscais que foram concedidas desde a chegada de Sérgio Cabral ao Palácio Guanabara. Em um relatório, técnicos do Tribunal de Contas do Estado (TCE) estimaram que o total dessas benesses chegou a R$ 138 bilhões, sem que se tenha notícia de um retorno mínimo aos cofres estaduais por parte das empresas beneficiadas.
Mas voltando à Uenf, a instituição vem demonstrando ao longo de seus poucos mais de 22 anos de existência que o dinheiro investido em seu financiamento dá um retorno excelente. Aqui não falo apenas da formação de recursos humanos em nível de graduação e pós-graduação, mas principalmente no desenvolvimento de conhecimento científico que, lamentavelmente, os ocupantes do Palácio Guanabara preferem ignorar.
À luz do caos instalado na Uenf pelo (des) governo comandado por Sérgio Cabral/Pezão/Francisco Dornelles, há que se apontar que os custos do desmantelamento da universidade trará custos irreparáveis para o futuro do Norte Fluminense. Mas ainda há tempo de se reagir. Mas a reação demorar um pouco demais, a Ampla e a Águas do Paraíba vão cortar os serviços e os danos irreparáveis se tornarão realidade. A ver!
Caro Pedlowski:
Fiquei chocado e surpreendido pela “notícia” de que todo o material que levantei junto aos meus parceiros e doadores durante os quase 02 anos que estive bolsista coordenando um projeto de extensão relacionado a upcycling e artesanato – ITEP – na UENF está sendo embalado e transferido para um “local seguro” pela ex-gestora do referido projeto.
Como proceder, já que eu coloquei a minha cara e o meu nome na reta, junto à pessoas que conhecem o meu caráter e o meu profissionalismo, para solicitar a doação deste material para que fosse usado sempre junto aos artesãos da Rede de Economia Solidária, muitos deles com os quais continuo trabalhando até hoje, se, o acordo verbal consolidado por email de que, caso o projeto fosse extinto, eu seria informado para redireciona-lo aos artesãos, já que as doações foram feitas para mim com o fim de usado por tais artesãos, mas que a responsabilidade deste fim seria minha, como ainda o é no trabalho que continuo a fazer, com os mesmos doadores, desvinculado da UENF, junto a eles.
Não posso me calar e deixar que isto aconteça, porque a minha transparência junto aos meus doadores, que me dão e sempre me deram credibilidade e confiança, não pode ser abalada por tal atitude indevida de tal pessoa.
Vamos botar tudo em pratos limpos, como deve ser.
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Carlos Guilherme, confesso minha ignorância à forma com que o ITEP UENF funcionou ao longo dos últimos anos. Agora, o que você está dizendo é grave e preciso mesmo ser colocado em pratos limpos. Eu diria que o melhor caminho seria procurar a reitoria da UENF e informar formalmente o que você narrou aqui no blog.
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