
A edição do jornal “O DIA” desta 4a. feira (02/11) traz uma matéria assinada pela jornalista Adriana Cruz sobre os valores bilionários envolvidos nas generosidades fiscais dispensadas a uma lista seleta de 20 empresas (ver abaixo). Eu começo apontando para o título “MP procura R$ 3,8 bilhões concedidos em isenção” que já nos indica o tamanho da encrenca.

Afora informar em detalhes as 20 maiores beneficiadas pela farra fiscal do (des) governo do Rio de Janeiro, a matéria msotra que há uma verdadeira desordem no processo de concessões, pois não sabe ao certo o que efetivamente foi concedido e onde o dinheiro foi parar. Essa desorganização certamente propicia a que seja impossível avaliar qual foi o retorno efetivo desse tsunami de isenções fiscais que foram concedidos desde o primeiro dia em que Sérgio Cabral colocou os pés no Palácio Guanabara.
Uma coisa que me parece deveria merecer ações judiciais e uma Comissão Parlamentar de Imquérito (CPI) na Assembleia Legislativa tem a ver com a explicação sobre porque as empresas listadas na tabela inserida na matéria e que eu mostro em detalhe abaixo.

Afora o emblemático caso da CP-RJ Implantes Especializados que até a própria direção ficou surpresa com o volume da concessão que lhe foi atribuída, a constatação de que empresas como a Companhia Siderúrgica do Atlântico do Grupo Thyssenkrupp, Ampla Energia, Companhia Siderúrgica Nacional, Embratel, GE, e, sim, Petrobras, receberam isenções do tamanho que receberam desafio o bom senso.
É que para se pelo menos tentar justificar a concessão de generosidades fiscais as empresas beneficiadas teriam que ter a possibilidade de serem atraídas para fora do território fluminense, o que não é o caso da maioria delas.
O que fica evidente para mim é que há muita coisa a ser explicada em relação a essa farra fiscal que jogou o Rio de Janeiro num imenso pântano financeiro. Resta saber se alguém vai ter disposição para colocar a mão nesta cumbuca.