Temos ouvido e lido muitas afirmações do ex-presidente do RioPrevidência e atual (des) secretário estadual de Fazenda, Gustavo Barbosa, dando conta que o déficit do tesouro estadual vai piorar em 2017. Uma das causas dessa piora seria o déficit do RioPrevidência e sua necessidade de pagar pensões e aposentarias. Em suma, a culpa é dos servidores que teimam em continuar vivos e cobrar o retorno por aquilo que foi retirado de seus salários em troca de uma velhice mais sossegada.
Agora, o que o senhor Gustavo Barbosa não está nos contando é que, graças à Operação Delaware, o (des) governo do Rio de Janeiro está tendo que negociar “waivers” com os detentores das debêntures do Rio Oil Finance Trust, e que em função disso muito dinheiro está sendo entregue aos fundos abutres, como é o caso do Pimco, centro de uma matéria da Bloomberg News que foi publicada no dia 06 de Julho de 2016 (Aqui!). O título da matéria em ingles é “Pimco Gets Dibs on Brazilian Fund Cash”, e pode ser traduzido algo como “Pimco meta a mão em dinheiro de fundo brasileiro (isto é, o RioPrevidência). ”
A matéria da Bloomberg traz uma declaração do Professor Ricardo Mollo do Instituto de Finanças Corporativas do INSPER de São Paulo onde ele afirma que “olhando do ponto de vista social, a situação é uma grande calamidade“. Mollo ainda afirmou à Bloomber News que seria “inacreditável que eles (os dirigentes do RioPrevidência) tenham decidido realizar essa captação dois anos atrás. Um fundo de pensão vendendo debêntures em dólares representa uma clara discrepãncia, ainda que a estrutura existente permitissem que isso fosse feito”
Em outras palavras, a Operação Delaware, que eu já venho comentando há tempos neste blog, não deveria ter ocorrido, e os resultados disso agora é falência do RioPrevidência. E que foi essa operação desastrosa e não o pagamento de pensões e aposentadorias que quebraram o fundo próprio de previdência dos servidores estaduais do Rio de Janeiro.
Mas como nada está tão ruim que não possa piorar, a matéria informa que se o RioPrevidência não conseguir honrar os débitos que começam a vencer já em 2017, o caso será resolvido em cortes internacionais! E como o Rio Oil Finance Trust está localizado nos Estados Unidos da América, é bem provável que soframos o mesmo destino enfrentado pela Argentina nos cortes de Nova York.
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