Abaixo posto a decisão da juíza do trabalho Raquel Pereira de Farias Moreira que decidiu favoravelmente a uma Ação Pública impetrada pela Prefeitura de Campos dos Goytacazes contra o Sindicato dos Trabalhadores em Transportes de Cargas e Passageiros de Campos dos Goytacazes e outros visando interromper a greve iniciada no dia de ontem.
A decisão da meritíssima é toda calcada na essencialidade do serviço prestado pelos rodoviários de Campos dos Goytacazes e na necessidade da manutenção do transporte público de passageiros no município.
Essa decisão só possui uma “pequena” lacuna. Ela é completamente omissa sobre a causa do movimento paredista, qual seja, o atraso no pagamento de salários e demais direitos que têm sido sonegados pelos donos das empresas de ônibus aos seus empregados.
Diante dessa “pequena” lacuna: essa é a justiça do trabalho ou dos patrões? Bom, deixa para lá. E que certas perguntas possuem respostas que são tão auto evidentes que dispensam o questionamento.
Quanto à gestão do jovem prefeito de Campos dos Gpytacazes, me parece altamente pedagógico que a única ação tomada seja contra os trabalhadores que estão sem salários. Mas o que esperamos de uma gestão que também deve salários à parte mais precarizada de seus próprios servidores? Essa é a famosa pedagogia da superexploração do trabalhador posta em funcionamento explícito. Que bela mudança!
E o lockout? Motoristas e cobradores estão falando que as empresas estão forçando-os a paralisar. Nada contra a greve deles, mas me parece que é um caso de lockout, de chantagem empresarial.
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José Luís, eu estava esperando a informação de que no meio dessa greve há ainda o elemento do lock out. É que essa greve está tão eficiente e abrangente que as mãos do patronato teriam que estar envolvidas nela. Se isso for provado, gostaria de ver o jovem prefeito Rafael Diniz agindo para cassar a concessão das empresas envolvidas no lock out. Será que veremos?
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