Bolsonaro diz para que se vá ao Google, esperando que ninguém faça isso: o caso do desmatamento na Amazonia

bolsonaro amazonia

No primeiro debate do segundo turno da eleição para presidente do Brasil, Jair Bolsonaro resolveu jogar truco com os dados do desmatamento e indicou a que os que assistiam o evento a irem no Google para checarem os dados que, segundo ele, mostrariam que em seu governo o desmatamento estaria sendo menor do que o ocorrido no período do ex-presidente Lula. 

Essa tática equivaleu a um jogo de truco, na medida em que ele aumentou o valor da aposta na premissa de que ninguém iria realmente fazer o que ele estava indicando. O problema é que no caso do desmatamento na Amazônia não há jogada de truco que dê jeito.  Para começo de conversa observemos o gráfico abaixo:

desmatamento

O que se vê é que o ex-presidente Lula herdou uma espécie de “desmatamento preventivo” que ocorreu no último ano do segundo mandato do presidente Fernando Henrique Cardoso, mas depois conseguiu uma diminuição significativa do desmatamento, com taxas baixas que foram mantidas até 2015, útlimo ano antes da saída forçada de Dilma Rousseff do poder.  De 2016 para cá, e especialmente durante os três primeiros anos do governo Bolsonaro, o que se viu foi a retomada explosiva do desmatamento.

Além disso, há que se destacar que destacar que o problema não se resume à taxa de desmatamento, que realmente foi superior em outros governos. Mas algo ainda mais grave que está acontecendo agora é o aumento do desmatamento dentro de  Unidades de Conservação e Terra Indígenas, como nunca ocorreu antes.  Esta é uma  situação nova e perigosa, e que reflete  a falta de governança (comando e controle) que foi criada pelo governo Bolsonaro.

Mas, convenhamos, Jair Bolsonaro sabe muito bem o que o seu governo, e especialmente o seu anti-ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles, andou fazendo para permitir a volta de taxas de desmatamento explosivas na Amazônia.  Assim, ao fazer o convite para que se checasse no Google a questão, ele apenas tentou “trucar”, especialmente com seus apoiadores que acreditam, entre outras coisas, que a Terra é plana.

Para quem estuda a situação da Amazônia, o que se sabe é que a continuidade do governo Bolsonaro em eventual reeleição terá efeitos desastrosos para o Brasil e para o mundo, pois o avanço do desmatamento tem consequências diretas para a regulação climática de outras regiões brasileiras e para o mundo. 

Nesse sentido, o jogo que Jair Bolsonaro está jogando não é truco, mas roleta russa. O problema é que se sua permanência no poder for permitida, a pistola estará apontada para a cabeça de todos nós.

5 comentários sobre “Bolsonaro diz para que se vá ao Google, esperando que ninguém faça isso: o caso do desmatamento na Amazonia

  1. Vc deve ser muito ruim de matemática e estatística… Não precisa ser um gênio em gráfico pra ver que no governo lula teve muito muito muito mais desmatamento. Pode ter reduzido, mas teve muito mais . Basta olhar os números….ou vc é cego?

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    • Eu analisei o gráfico. e o diz lá é que, na primeira gestão, reduziu o desmatamento em mais de 40%. Na segunda gestão, reduziu mais 50%. na gestão Dilma, houve uma redução superior a 10%. MAS quando TEMER assumiu (golpe) AUMENTOU em mais de 20%. o Bolsonaro, em apenas uma gestão, conseguiu aumentar em mais de 70%… NÃO ADIANTA ENXERGAR, SE VOCÊ NÃO QUISER VER!!!

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      • Kkkkk esse é otário ou se faz, militante de esquerda se fazendo de jornalista kkkkk ,no governo Bolsonaro até fogos em fogueiras de festa junina virou incêndio na Amazônia kkkk

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  2. Vc é incrivelmente burro ou incrivelmente filho da puta? Mostra os desde 1990 pra todo mundo ver que no governo lula o desmatamento foi muito maior que todos os anteriores, que disparou exatamente em 2003

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    • Nakamoto, já pensou que eu possa ser as duas coisas ao mesmo tempo. Mas se for, isto não mudará os dados que apontam para o avanço explosivo do desmatamento sob a batuta célere de Jair Bolsonaro e Ricardo Salles. A ciência, felizmente, produz dados que nem os mais renitentes seguidores de certos mitos podem negar. Podem, quando muito, xingar que os apresenta.

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