Estudo na Science destaca a importância de terras privadas para a conservação da biodiversidade no cerrado brasileiro 

Material publicado na Science mostra que áreas reservadas dentro de propriedades privadas podem acomodar até 14,5% das áreas de distribuição de espécies ameaçadas

cerrado
Um novo estudo publicado na revista Science desta semana destaca que terras privadas no cerrado brasileiro desempenham um papel vital na proteção de espécies ameaçadas de vertebrados. O estudo mostra que áreas de reserva legal e proteção permanentes das propriedades rurais privadas podem acomodar entre 14,5% e 30% das áreas de distribuição de espécies ameaçadas, nesse último caso, se for considerado apenas o habitat remanescente atual dessas espécies. É importante destacar que o cerrado é um bioma prioritário global para a conservação da biodiversidade.

O artigo é um trabalho conjunto escrito por pesquisadores da UFG, IBAMA, UnB, a ONG Aliança da Terra, a Universidade de Alcalá na Espanha e a Kansas State University nos EUA. A equipe de pesquisa também desenvolveu um modelo de priorização para identificar áreas onde investimentos em restauração em terras privadas poderiam trazer melhores retornos para a conservação da biodiversidade. O estudo sugere que a região Sudeste, grande centro econômico no Brasil, deve ser uma área prioritária para tais investimentos.

O Código Florestal Brasileiro inclui disposições para áreas de reserva legal dentro de propriedades privadas, mas sua relevância para a conservação nunca foi avaliada adequadamente. O estudo destaca o potencial das terras privadas para a conservação da biodiversidade, apesar dos conflitos de uso da terra e dos desincentivos econômicos frequentemente associados a tais esquemas.

O estudo ainda fornece insights importantes para formuladores de políticas públicas, proprietários de terras e conservacionistas sobre a importância de terras privadas na promoção de paisagens amigáveis à biodiversidade e na manutenção do fluxo de serviços ecossistêmicos. Os resultados também enfatizam a necessidade de avaliação contínua e melhoria dos quadros legais para garantir a conservação efetiva de espécies ameaçadas e seus habitats.

Leia o artigo na íntegra.

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