Barreiras físicas são instaladas em corpo aquático que teria sido contaminado pelo derrame de tolueno
Convivendo há décadas com constantes derrames de substâncias tóxicas no interior da Baía da Guanabara por vazamentos e descartes realizados pela Petrobras, os pescadores artesanais que sobrevivem da pesca no interior daquele ecossistema, estão sendo novamente assombrados por mais um episódio de contaminação, agora por tolueno, que é a matéria-prima a partir da qual se obtêm derivados do benzeno, como caprolactama, sacarina, medicamentos, corantes, perfumes, TNT e detergentes.
A situação que neste momento preocupa os pescadores da Baía da Guanabara é, na prática, uma espécie continução de episódio ocorrido no início de abril que forçou a suspensão da captação de água no Sistema Imunana-Laranjal, responsável pelo abastecimento de várias cidades da região metropolitana do Rio de Janeiro, e que está localizado em um trecho do Rio Guapiaçu, em Guapimirim, na Baixada Fluminense.
Barreiras físicas instaladas para deter fluxo de tolueno para o interior de rios da Baía da Guanabara
A situação de forte preocupação em torno deste episódio continuado envolvendo o derramento de tolueno já forçou a realização de uma realização de lideranças de pescadores sob liderança da Rede Ahomar com a direção do IBAMA no Rio de Janeiro no dia 24. Mas lideranças presentes dã conta que a reunião que não chegou a ter resultados conclusivos, especialmente porque o licenciamento dos dutos de onde teriam vazado o tolueno é de responsabilidade do Instituto Estadual do Ambiente (INEA), configurando uma verdadeira dança das cadeiras.
Afora, as dificuldades de acesso aoss dados em posse do INEA, as lideranças dos pescadores reclamam que se estabeleceu uma cortina de silêncio sobre o nível de contaminação que efetivamente ocorreu nos rios alcançados pelo derrame de tolueno. A questão para os pescadores é que, apesar do tolueno não ser bioacumulável, os seus efeitos biológicos no homem e em animais se manifestam principalmente no sistema nervoso central, tendo como efeitos coleterais, mesmo em doses baixas, a ocorrência de casos de náusea, tontura, desorientação e queda da imunidade. O problema é que em casos de exposição a concentrações extremas, pode haver, inclusive, a morte do organismo afetado.
Uma coleta realizada em 20 de abril, sobre a qual os pescadores têm dúvidas sobre a validade científica, aponta que efetivamente há ainda a presença de tolueno nas amostras coletadas, ainda que a maioria esteja supostamente em níveis abaixo dos limites estabelecidos pela Resolução CONAMA 357/2005 (ver figura abaixo).
Desta forma, neste momento há uma forte mobilização entre os pescadores para obter a devida transparência sobre o que de fato está ocorrendo nos rios que estariam sendo afetados pelo episódio continuado de contaminação de tolueno. Um dos temores é que as atividades de pesca sejam prejudicadas por um período de tempo que comprometa a geração de renda e a obtenção de alimentos para centenas de famílias de pescadores.
Uma liderança da Rede Ahomar com quem pude conversar sobre a situação, me informou que a situação ocorrendo em Guapimirim é fortemente preocupante, na medida em que que a retomada da coleta de água para abastecimento do Sistema Laranjal pode não ter sido acompanhado pelo devido monitoramento, colocando em risco a saúde da população.
blogdopedlowski.com 
correçao: o tolueno NÃO é bioacumulavel .
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Adriana, eu já corrigi. Eu sabia disso, mas faltou o não. Obrigado por ler e me corrigir.
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Sou pescadora artesanal moro em itambi município de itaborai nós também estamos sofrendo com isso que está acontecendo alguma coisa tem que ser feita prá minimizar a situação não aguentamos mais essa situação e sempre somos nós que somos afetados diretamente.
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Nazareth, penso que a melhor forma de começar a resolver a situação é informar o que está acontecendo nos territórios da pesca da Baía da Guanabara por causa desse derrame de tolueno. Obrigado por compartilhar a situação em Itambi.
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Me chamo Pedro e obrigado por nos ajudar a denunciar; muitos peixes mortos aqui em Magé e São Gonçalo. Tem rio em que os peixes agonizam e o Ibama da APA não faz nada.
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Pedro, acompanho há anos a luta dos pescadores da Baía da Guanabara por manter suas formas de produzir e viver. Contem sempre comigo para divulgar os problemas que estão sendo vividos ai.
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Prezado amigo Prof. Marcos, primeiramente em nome dos pescadores e pescadoras da Baía de Guanabara venho lhe agradecer, por sua ajuda e apoio à causa, não só das nossas comunidades tradicionais, e sim de toda a sociedade carioca e brasileira. A AHOMAR entrou em prontidão e paralisamos algumas atividades agendadas dado a gravidade do incidente que hoje podemos afirmar se tratar de crime ambiental continuado, com sérios indícios de omissão e inclusive prevaricação por parte de setores privados e públicos. Já temos indícios e provas suficientes que dão conta que este produto químico não só vazou em grande quantidade no incio do mês, mas também ainda vaza para os rios da APA de Guapimirim e muito provávelmente acessando os limites da ESEC Guanabara. Sem falar pondo em dúvida a qualidade da água de parte da população fluminense, pois a estação de captação de Imuna-laranjal se localiza a poucos metros à jusante do local de vazamento. Mais uma vez renovo o nosso agradecimento Prof. Marcos em nome de todos da Rede AHOMAR !!!
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Alexandre, conheço a seriedade do trabalho desenvolvido pela AHOMAR em defesa do meio ambiente e dos meios de vida dos pescadores artesanais da Baía da Guanabara. Contem sempre comigo!
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PARABENS PELA PUBLICAÇÃO
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Obrigado Raphael!
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Triste em ver novamente a Baia da Guanabara sendo agredida por estas empresas inescrupulosas que aproveitam da falta de FISCALIZAÇÃO e das nossas LEIS fracas.
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Tuninh, realmente a situação é muito preocupante.
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Caro professor em meio a indignação coletiva e trago a minha honesta e sincera admiração pelo seu trabalho e desses pescadores valentes que insistem em sobreviver. Que tristeza,. moro perto da região no mesmo município aqui em Guapimirim e ninguém fala nada, nem as autoridades só Deus na causa. Grata pela ajuda.
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O espaço deste blog sempre estará à disposição dos pescadores da Baía da Guanabara.
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Grata pela ajuda
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Como disse, este espaço serve à causa da defesa do ambiente e das populações que vivem nos territórios afetados pela poluição.
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Obrigado professor! Meu marido é seu fã! e nós pescadoras estamos muito agradecidas ao senhor. Engraçado não é professor, para não ser trágico, na porta do Icmbio e esse descalabro. Para pegar redes de pescadores na água são eficientes; mas para prender, multar e fiscalizar criminosos como estes que causaram mais este acidente ou deixaram isso acontecer, ficam quietinhos, não sabem de nada. Isto é o resultado das omissões e descaso do poder publico e as autoridades com a Baía da Gunabara e dos pescadores que tiram sustento dela.
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Na verdade o seu marido é que me causa grande inspiração por ser uma pessoa séria e combativa em prol dos pescadores da Baía da Guanabara. Como eu já disse, este espaço é para divulgar questões que nem sempre possuem a devida cobertura pela mídia corporativa.
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