O prometido e antecipado relatório técnico produzido pelo Instituto Escolhas sobre a (in) sustentabilidade da principal commodity de exportação produzida no Brasil, a soja, acaba de ser publicado e traz dados alarmantes sobre a forte dependência em relação ao uso de agrotóxicos e fertilizantes químicos.
Os dados baseados principalmente em estatísticas oficiais são quase tão devastadores para a soja, como a soja é para as florestas e ecossistemas hídricas nacionais. O que o estudo do Instituto Escolhas revela é que o aumento exponencial do uso de agrotóxicos no Brasil está diretamente ancorado na expansão dos monocultivos de soja.
E, pior, o estudo mostra que apesar do aumento exponencial no uso de agrotóxicos, o retorno em termos de produção vem caindo ao longo do tempo, o que faz com que o custo proporcional dos venenos agrícolas represente atualmente uma parte substancial do custo associado ao plantio de soja.
O relatório tem o sugestivo título de “Brasil como líder mundial em produção de soja: até quando e a que custo?”, e sua leitura deixará claro aos leitores que essa é uma liderança é uma espécie de tigre de papel, mas que traz custos econômicos, sociais e ambientais altíssimos.
O Instituto Escolha está distribuindo o relatório na forma completa, mas também está publicando um sumário com as informações mais significativas. Em qualquer um dos formatos, essa é uma leitura obrigatória para quem deseja entender melhor o peso significativo da soja no uso exponencial de agrotóxicos no campo brasileiro.
