
A pouco dias do início do primeiro semestre de 2014, as chances de uma nova greve dos professores da Universidade Estadual do Norte Fluminense (UENF) são de quase 100%. É que até os mais calmo dos professores está querendo que algo seja feito para quebrar o ciclo vicioso de desrespeito a que a universidade vem sendo submetida por um (des) governo que mistura arrogância e descaso como pouco antes fizeram na história do Rio de Janeiro.
Ainda que a principal razão para tanta irritação seja salarial (afinal os professores da UENF detém o pior salário inicial para doutores em regime de Dedicação Exclusiva do Brasil!), existe um corolário de promessas descumpridas que estão sintetizadas num encolhimento contínuo do orçamento. Esta asfixia financeira vem causando uma contínua deterioração das condições de trabalho, tornando o cotidiano dentro da UENF cada vez mais difícil para todos os seus membros.
Algo que é pouco explicado é que a crise ainda não eclodiu de vez por causa dos projetos individuais que os docentes conseguem via diferentes agências de fomento como o CNPq e a FAPERJ, e que trazem recursos que são utilizados para manter as diferentes atividades que ocorrem dentro da UENF, principalmente a parte referente ao ensino de graduação e pós-graduação.
Assim, que ninguém se surpreenda se na assembléia que vai ocorrer no próximo dia 11, a decisão por uma nova greve seja adotada de forma unânime. Afinal, paciência tem limite e a dos professores da UENF até demorou a acabar.