Pezão e Sérgio Ruy estão na raiz da greve dos professores da UENF

As recentes declarações do (des) secretário estadual de Ciência e Tecnologia, Gustavo Tutuca, dizendo que o projeto de lei que regulamentará o regime de Dedicação Exclusiva dos professores da UENF serve aparentemente para tentar tirar a legitimidade do movimento de greve deflagrado justamente por causa da falta de respostas do (des) governo comandado por Sérgio Cabral.

Como sou eu um colecionador de imagens, fui buscar no blog da Aduenf duas imagens que mostram que as declarações de Gustavo Tutuca não são novas, e já foram proferidas por gente mais influente do que ele.

Abaixo vai uma imagem mostrando o vice (des) governador Luiz Fernando, o Pezão, em reunião com o presidente da ADUENF, Prof. Luís Passoni, no dia 23.09.2013. Ali Pezão não apenas declarou que considerava justas as reivindicações dos professores, mas que em uma semana daria uma resposta sobre quando o problema seria resolvido.

pezão 23092013

Em reunião com o presidente da ADUENF no dia 23 de setembro de 2013, Pezão promete dar uma resposta sobre as demandas salariais dos professores da UENF em uma semana.

Bom, a resposta do vice (des) governador Pezão nunca foi dada à ADUENF, o que forçou novas idas ao Rio de Janeiro para tentar resolver o problema sem que se tivesse de usar o mecanismo da greve. E eis que no dia 27.11.2013 (mais de dois meses após a reunião com Luiz Fernando, o Pezão) num encontro casual na frente da ALERJ, o poderoso (des) secretário estadual de Planejamento e Gestão, Sérgio Ruy, disse ao presidente da ADUENF que o famoso projeto de lei estava praticamente pronto e brevemente seria enviado para apreciação dos deputados estaduais.

Sérgio Ruy 2711

Em encontro casual em frente da ALERJ no dia 27.11.2013, Sérgio Ruy diz ao presidente da ADUENF que o projeto de lei da Dedicação Exclusiva está praticamente pronto para ser enviado para apreciação dos deputados estaduais.

O mais impressionante nessa enrolação toda, é que em reunião com o presidente da Alerj no mesmo dia 27.11.2013, ouvi dele a declaração de que entendia a justeza das demandas dos professores da UENF e só aguardava que Sérgio Ruy enviasse o projeto de lei para que o plenário pudesse avaliar se a proposta atendia às demandas da ADUENF.

paulo melo

No mesmo dia 27.11.2013, Paulo Melo diz ao presidente da ADUENF que só aguarda o envio da proposta por Sérgio Ruy para submeter à apreciação dos deputados na ALERJ.

Pois bem, quase 120 dias depois do encontro com Sérgio Ruy e da reunião com Paulo Melo, não houve o envio da proposta do (des) governo para a ALERJ!

Assim, se existem culpados pela deflagração da greve na UENF estes são o (des) governador Luiz Fernando, o Pezão, e o (des) secretário de Planejamento e Gestão, Sérgio Ruy. E não adiante o Sr. Gustavo Tutuca enunciar promessas, pois como já disse, outros já fizeram a mesma coisa e até hoje o que tivemos de prática foi ABSOLUTAMENTE NADA!

 

3 comentários sobre “Pezão e Sérgio Ruy estão na raiz da greve dos professores da UENF

  1. Pois é caro Mestre essa é a tática do empurra de lá que eu empurro de cá! Um bota a culpa no outro e o outro no um! No final vai para a Assembléia e morre lá de tantas discussões e emendas e propostas e o cacete a quatro! Tudo dentro dos trâmites legais e da burocracia desconcertante e procrastinadora!

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  2. O problema é que as pessoas agora querem resolver tudo com greve e não é assim que a banda toca. E os alunos? ficam sem aula? Aí depois querem reclamar da educação…

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    • Ora, Roberta, se você olhou a sequência de fotos colocadas na postagem verá que evitamos a greve ao longo de 2013 com visitas sequentes ao Rio de Janeiro, sem qualquer sucesso. Greve é sempre o último instrumento que buscamos adotar nas nossas lutas salariais. Agora, me perdoe, os problemas da UENF vão muito além da falta de aulas. Se informe melhor, por exemplo, sobre o achatamento do orçamento que faz com que os recursos só durem para a instituição funcionar até setembro. Se não quiser ser solidária com a luta dos professores, pense pelo menos na viabilidade do funcionamento básico da UENF.

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