Estive hoje novamente na Praia do Açu para participar de um esforço de documentar o processo erosivo que parece estar ocorrendo em função das intervenções de engenharia realizadas na construção do Porto do Açu. Pois bem, ouvindo vários moradores tive notícia que situações inéditas estão ocorrendo, inclusive com a destruição rápida de ruas e infra-estrutura. Essas informações de campo são importantes para confirmar as novas medidas que estamos realizando em imagens de satélite no período compreendido entre 2010 e 2015, as quais indicam que existe perda efetiva de área de praia, num processo que parece ter se acelerado a partir de 2012.
Como ainda estamos fazendo uma análise mais fina das imagens, ainda não vou divulgar os resultados. Mas abaixo envio algumas imagens do dia de hoje que mostram algumas facetas desse processo de erosão que hoje afeta uma comunidade de quase 2.000 pessoas que hoje olha com algum assombro e preocupação o avanço das águas oceânicas sobre ruas e residências.
E, sim, os moradores dizem que estão esperando para ver quando alguém do Porto (ou seja da Prumo) ou do governo do Rio de Janeiro (INEA e/ou CODIN) vai aparecer para começar a avaliar os processos de reparação financeira para os prejuízos que estão ocorrendo e para os que ainda vão ocorrer. Muito justo, não?



