
Tenho recebido vários contatos de agricultores no V Distrito de São João da Barra que me dizem estar sendo pressionados a vender suas terras desapropriadas para uma empresa não identificada. Se isso não fosse esquisito o suficiente, os proponentes deste tipo de interesse de compra por um ente não identificado estão atuando de forma pouco ética em relação aos advogados que representam os agricultores desapropriados. Mas as esquisitices em torno desse aquecimento do mercado de terras desapropriadas não param por ai, segundo o que aparece de forma repetida nos relatos que eu recebi nos últimos dias.
Aliás, toda essa história das desapropriações realizadas pelo (des) governo Pezão/Cabral é marcada por coisas para lá de peculiares, como aliás já comentei em diversos momentos aqui neste blog ao longo dos últimos cinco anos.
Agora, que tenha gente querendo comprar terra desapropriada em nome de empresa anônima beira o cúmulo do absurdo, especialmente porque a maioria dos agricultores desapropriados até hoje continua a ver navios, que não aqueles poucos que já atracaram no Porto do Açu.
Para relembrar um caso especialmente esquisito, posto novamente o depoimento do Sr. Reinaldo Toledo em que ele narra como recebeu uma folha de um servidor da Companhia de Desenvolvimento Industrial do Rio de Janeiro (CODIN) atestando o valor que seria pago pela expropriação de suas terras, fato esse que se consumou sem que houvesse ocorrido qualquer pagamento. Pelo jeito, o ciclo de desrespeito aos agricultores do V Distrito de São João da Barra ainda nos reservará muitas e desagradáveis surpresas.