Agora, o discurso que misturou explicações tardias com promessas imprecisas, levanta algumas questões importantes. As que eu consegui identificar foram as seguintes:
1. Quem pagou pelo estudo que o prefeito Neco afirmou que está sendo realizado e que será apresentado brevemente em audiência pública à população da Praia do Açu?
2 – Quem vai pagar pelas obras que deverão criar estruturas de proteção para a Praia do Açu? Se depender de recursos governamentais (municipal, Estadual ou Federal) a situação ficará ainda pior, dada a profunda crise financeira por que passam os diferentes níveis de governo. Isso quer dizer que a Prumo Logística vai assumir essa responsabilidade?;
3 – O prefeito Neco afirmou que é preciso fazer estudos até da areia que será colocada na Praia do Açu. Eu acho isso estranho, pois basta que se lembre que a areia que estava na Praia do Açu atualmente está depositada junto ao quebra-mar Sul do Terminal 2 (T2) do Porto do Açu, e só seria preciso que se transportasse de volta para se começar a resolver o problema.
4 – Será que as licenças ambientais a serem emitidas pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea) para a recuperação da Praia do Açu vão sair de forma tão rápida quanto as que liberaram a construção da Canal de Navegação e do Terminal 2 que, afinal, são os prováveis causadores da destruição em curso?
Uma coisa que me parece importante lembrar ao prefeito Neco e seus secretários é que os aplausos que foram ouvidos ao final de sua fala poderão se transformar em vaias caso as obras prometidas não ocorram antes que as primeiras casas comecem a ser devoradas pelo mar na Praia do Açu. E vaias certamente serão traduzidas em negação de renovação de mandato em 2016. E há que se lembrar que não se chegou a esta situação por falta de aviso. Simples assim!
