O estado de paralisia em que se encontra o pagamento da maioria das indenizações devidas pela Companhia de Desenvolvimento Industrial do Rio de Janeiro (Codin) pela tomada de terras de agricultores no V Distrito de São João da Barra é regularmente acrescido de notas públicas onde o órgão afirma que pagou ou está pagando o que é devido aos desapropriados.
Pois bem, vejamos uma mensagem que me chegou hoje no endereço eletrônico do blog e que me foi enviado pela filha de um agricultor desapropriado na localidade de Água Preta:
Seguem fotos da terra desapropriada de meu pai, onde tinha uma lavoura de abacaxi com 40 mil pés. Até a presente data meu pai não recebeu nem a lavoura nem a terra que eles pegaram. Está totalmente abandonada. Até quando vai o descaso com o povo do Quinto?“
Essas perguntas vindas não de um observador externo como eu, mas de uma pessoa que foi criada a partir do trabalho que foi colocado nesse terra por seus pais desvela ainda mais a farsa que tem sido, entre outras coisas, a fábula de que os agricultores desapropriados já foram indenizados.
E o pior, tenho notícias de repetidas ações de procrastinação que visam, ao que tudo indica, apenas retardar o pagamento das indenizações. Provavelmente isto se dá porque, segundo fontes que acompanham a luta jurídica dos agricultores, a Codin não possui o orçamento necessário para fazer o pagamento.

