As múltiplas facetas do colapso hídrico no norte capixaba

A edição da Tribuna do Cricaré deste sábado traz novas matérias sobre os efeitos do colapso hídrico que ronda os municípios litorâneos do extremo norte do Espírito Santo.

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A primeira coisa que transparece da capa do Tribuna do Cricaré é que o problema está disseminado e não atinge apenas as áreas urbanas.  Já a segunda coisa que aparece é que o povo de São Mateus vive uma condição que beira o surreal, pois os cidadãos transformados em consumidores estão sendo obrigados a pagar por água imprópria para o consumo e com tarifa “cheia”.

crise 2

E como demonstra a matéria que noticia a decisão judicial de impor ao Serviço de Autônomo de Água e Esgoto (SAAE) de São Mateus que se resigne a cobrar a tarifa mínima por servir água imprópria, vivemos um tempo de absurdos.  Nesse caso, é absurdo que se sirva água imprópria, e mais absurdo ainda que se cobre por isso.

Algo que não aparece na matéria, mas que já foi noticiado pelo Tribuna do Cricaré, é o plano da Prefeitura Municipal de São Mateus de privarizar o SAAE para supostamente resolver os problemas de investimentos em estruturas alternativas de captação. A concretização desta privatizçaão quase certamente implicará no aumento de tarifas antes da adoção de quaisquer medidas que garantam a entrega de água própria para o consumo. em outras palavras. Essa será a pílula salgada que a população de São Mateus terá de engolir se quiser voltar a beber água da torneira.

O mais preocupante dessa situação é que o norte do Espírito Santo certamente não é o único ponto do litoral brasileiro onde  as cidades estão vivenciando este tipo de problema. E apesar disso não se nota qualquer alarde ou, tampouco, a procura de respostas integradas não apenas na escala local, mas principalmente na regional já que muncípios no extremo sul da Bahia vivem problemas semelhantes (Aqui!)

Um comentário sobre “As múltiplas facetas do colapso hídrico no norte capixaba

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