Em uma postagem intitulada “Há mais questões obscuras nas contas do governo estadual (ERJ)“, o professor Roberto Moraes apresenta dados interessantes sobre o crescimento de mais de 100% das despesas com pensões e aposentadorias e questiona sobre como isso pode ter se dado entre os anos de 2014 e 2015 (Aqui!).
O Prof. Roberto Moraes nota ainda que o crescimento observado nessa rubrica no Rio de Janeiro está razoavelmente acima do observado para outros estados em crise fiscal como Rio Grande do Sul e Minas Gerais (ver gráfico abaixo).
Além disso, o prof. Moraes ainda nos lembra que “os aposentados podem ter crescido em número, as pensões também, mas, como explicar que o volume total tenha mais que dobrado de valor?“, já que “pensionistas não tiveram salário corrigidos em proporções sequer próximas disto“.
Pois bem, tentando responder ao prof. Roberto Moraes, creio que uma causa imeadiata dessa elevação não tem a ver com os pensionistas e aposentados, mas com as repercussões desastrosas da operação que captou US$ 3,1 bilhões de dólares a partir da criação do chamado “Rio Oil Finance Trust” que eclodiu de forma aberta em Outubro de 2015 (Aqui!, Aqui!, Aqui! e Aqui!).
Agora, a partir do levantamento feito pelo prof. Roberto Moraes, fica ainda mais evidente de que tenhamos uma auditoria independente sobre o RioPrevidência e os custos atuais e futuros do que eu estou chamando de “Operação Delaware”. Aliás, como até hoje não sabemos quem são os “donos” do “Rio Oil Finance Trust“, caberia começar a busca de agulhas no palheiro em que a questão previdenciária se tornou no Rio de Janeiro por aí. Depois poderíamos descobrir onde foi parar a fortuna captada supostamente para pré-pagar uma dívida com o Banco do Brasil.