A situação do (des) governador Luiz Fernando Pezão já andava boa em meio à profunda crise financeira e política em que está engolfado o estado do Rio de Janeiro. Mas o que já andava ruim, agora parece ter tomado uma guinada para o péssimo.
É que segundo informa a coluna Radar Online da revista Veja, Luiz Fernando Pezão é um dos políticos atingidos pela delação do ex-diretor da construtora Odebrecht, Leandro Andrade Azevedo (Aqui!). É que segundo Azevedo, a campanha de Pezão para a sua eleição para (des) governador do Rio de Janeiro teria sido abastecida com R$ 23,6 milhões em dinheiro e por 800 mil euros numa conta bancária localizada em instituição financeira no exterior.
A delação de Leandro Azevedo parece vir acompanhada de detalhes de uma relação preferencial entre Pezão e a Odebrecht, envolvendo reuniões no Palácio Guanabara e na própria residência do atual (des) governador do Rio de Janeiro. Pior ainda são os detalhes de como a proximidade entre Pezão e a Odebrecht teriam sido iniciados pelo seu padrinho político, o agora aprisionado ex (des) governador Sérgio Cabral.
Ainda que Pezão não seja o único político enrolado no emaranhado de delações que estão surgindo do interior da Odebrecht, o momento para que seu nome seja envolvido nessas denúncias é particularmente ruim. É que em meio ao tiroteio das delações da Odebrecht, o (des) governo do Rio de Janeiro está tentando aprovar uma série de medidas que atingem duramente os servidores e aposentados, e os setores mais pobres da população do Rio de Janeiro. O surgimento dessa denúncia certamente será um complicador no meio das negociações que certamente estavam ocorrendo dentro da bancada de apoio dentro da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro.
Aliás, a dificuldade de aprovar o seu pacote de Maldades (como o conjunto de medidas foi alcunhado pelos servidores) pode ser apenas o menor dos problemas que Pezão terá de enfrentar.
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