Com Bolsonaro no hospital, vice diz que “casa só com ‘mãe e avó” são “fábricas de desajustados” que fornecem mão de obra para o narcotráfico

Muitos analistas esperavam que o atentado cometido contra Jair Bolsonaro em Juiz de Fora e consequente ida do capitão para a UTI do Albert Einstein, o dublê de general da reserva e candidato a vice-presidente, Hamilton Mourão, iria se aproveitar para elevar o nível da qualidade da campanha. É que sendo mais intelectualmente preparado, se esperava de Mourão que elevasse a capacidade de análise da realidade e, ao mesmo tempo, diminuísse o volume da retórica.
Pois bem, quem apostou numa postura mais elevada de Hamilton Mourão, errou redondamente. É que na tarde desta segunda-feira, Mourão conseguiu ao mesmo tempo alienar países em desenvolvimento que são parceiros comerciais do Brasil ao chamá-los de “mulambada” e, ainda pior, colocar sobre os lares comandados por mães e avós o epíteto de serem “fábrica de desajustados” que fornecem mão de obra para o narcotráfico [1] .
Mourão
Inobstante o alvo que o vice de Jair Bolsonaro tivesse em mente quando emitiu essa opinião escabrosa, o fato é que objetivamente ignorou a luta cotidiana que se desenvolve em lares encabeçados por mulheres e impõe a milhões de brasileiras uma responsabilidade que não lhes é devida.


Agora, vejamos como se comportarão eleitores brasileiros que cresceram nos lares que o general da reserva designou como sendo “fábricas de desajustados” que “fornecem mão de obra para o narcotráfico”. Ficarão com a dupla ou com suas mães e avós. A ver!


[1] https://www1.folha.uol.com.br/poder/2018/09/casa-so-com-mae-e-avo-e-fabrica-de-desajustados-para-trafico-diz-mourao.shtml

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