Protestos em Cuba provarem ser uma ótima distração em meio ao avanço da fome e da pandemia da COVID-19 no Brasil
Nos últimos dias dois fatos ajudaram a maioria dos brasileiros a se distraírem dos seus males: a internação do presidente Jair Bolsonaro por causa de uma prisão ventre aguda e as manifestações políticas em Cuba. Essas duas coisas juntas ajudaram a entorpecer as almas aflitas, principalmente da classe média brasileira que se apega ao ideário defendido por Bolsonaro.
Enquanto isso, o neoliberalismo Bolsonarista engendra um avanço descomunal da carestia que já provoca cenas de choro nas filas dos supermercados por brasileiros que não têm mais como comprar alimentos. De quebra, temos o “livre mercado” aproveitando a situação para empurrar para as gôndolas dos supermercados aqui que antes era descartado. Um caso exemplar é o “fragmentos de arroz” que antes servia, quando muito por causa do seu baixíssimo valor comercial, como ração animal, mas que agora é vendido quase que ao preço do arroz próprio para consumo (ver imagem abaixo).
Mas é quase certo que ao ver esse “novo” produto nas prateleiras, a classe média bolsonarista irá saudar a venda dos fragmentos de arroz como uma prova das engenhosas soluções que o livre mercado quando lhe é permitido florescer, como na presente situação brasileira.
E dá-lhe discussão sobre a prisão de ventre do presidente e as manifestações em Cuba para fazer o povo ser feliz com fragmentos de arroz.