Será que sou o único a achar que existe algo muito esquisito no episódio envolvendo o ex-ministro Tarcísio Freitas em que uma pessoa foi morta a tiros na favela de Paraisópolis no dia 17 de outubro? Primeiro foi a tentativa de mostrar o ocorrido como um atentado político (no melhor estilo facada de Juiz de Fora), mas que teve de ser rapidamente abandonada porque a polícia paulista (civil e militar) apuraram que não se tratou disso.
Agora sabemos que a equipe de segurança de Tarcísio Freitas composta por agentes que aparentemente estavam em desvio de função tentaram faz com que um cinegrafista da Rádio Jovem Pan apagasse as imagens do incidente, sem que houvesse outra explicação que não fosse uma tentativa de ocultar um fato ou presença de pessoa que causaria danos à candidatura do ex-ministro caso viesse ao conhecimento dos eleitores paulistas.
Como esse é um caso de forte interesse público, o mínimo que se pode cobrar da Jovem Pan e também das autoridades paulistas é que as cenas que se tentou apagar sejam mostradas publicamente. É que em uma eleição que mostra agora bastante apertada, esse é um assunto que não pode ficar sem explicação.
O problema que se põe é o seguinte: qual caroço que vai aparecer nesse angu de dimensões colossais?