No dia de hoje, o mote tem que ser “É o salário-mínimo, estúpido!”

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Reportagem da Folha de São Paulo revelou os planos sinistros de Paulo Guedes contra o salário-mínimo, aposentadorias e pensões, no que seria um brutal ataque à condição de vida dos pobres brasileiros

Em 1992 durante a campanha presidencial de Bill Clinton em que ele concorria contra George Bush pai, um dos seus principais estrategistas de campanha, James Carville, cunhou a frase que definiria a forma pela qual a mensagem de mudança se daria. Carville cunhou a famosa frase “It´s the economy, stupid” (ou em português; É a economia, estúpido!).

Pois bem, 30 anos depois temos uma eleição marcada por uma gigantesca compra de votos e uso do aparelho do Estado para dar uma mão gigantesca para que Jair Bolsonaro seja reeleito. O emprego de uma gigantesca fábrica de fake news empurrou o debate para o campo dos costumes até a penúltima semana de campanha quando uma matéria da Folha de São Paulo revelou os planos de arrocho econômico contra trabalhadores, aposentados e pensionistas que estavam sendo gestados na encolha pelo ministro Paulo Guedes.

Repentinamente, a campanha eleitoral saiu do campo dos costumes para o salarial, especialmente porque um dos alvos preferenciais de Paulo Guedes é o salário-mínimo, fonte de sustento de pelo menos 70 milhões de brasileiros que hoje se equilibram para não passar fome, como já ocorre com 31 milhões de nossos compatriotas.

Pois bem, essa mudança de pauta foi, provavelmente, o marco de uma mudança na tendência no aperto estatístico que o governo Bolsonaro estava conseguindo a partir de um derrame de recursos públicos na forma de distribuição de auxílios, mas que objetivamente era uma forma estatal de compra de votos.

Passando do campo dos costumes para o “É o salário-mínimo, estúpido”, o avanço de Jair Bolsonaro desacelerou e o ex-presidente Lula chega hoje com boas chances de vitória. Tanto isso é verdade que ontem o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre Moraes, teve que desarmar uma bomba preparada pelo ministro de Justiça na forma de operações de coerção de livre movimentação de eleitores, especialmente no Nordeste. Essa operação de última hora envolvendo a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e Polícia Federal (PF) aparentemente se destinava a aumentar a abstenção na região onde Lula terá uma maioria expressiva de votos. O nome disso, sem tirar nem pôr, é repressão ao direito de voto dos brasileiros.

Agora é esperar que as manobras desesperadas do governo Bolsonaro não resultem no aumento da abstenção e que a maioria expressa nas pesquisas se transforma em realidade nas urnas.

Mas não esqueçam, caso Lula vença, de enviar um agradecimento às jornalistas que trouxeram à luz os planos macabros de Paulo Guedes contra os trabalhadores, aposentados e pensionistas brasileiros.

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