Os veículos da mídia corporativa noticiam hoje que após poucos meses de retração, a inflação do mês de Outubro tomou um perfil de alta, ainda que relativamente pequena. O problema, alertam alguns analistas sérios como o economista Eduardo Moreira (ver vídeo abaixo), é que a inflação de outubro representa apenas uma retomada do que deveria ser o normal, mas que ficou escondida por uma série de manobras de cunho eleitoral que foram adotadas pelo dublê de banqueiro e ministro da Economia, o sr. Paulo Guedes.
Agora que Jair Bolsonaro já perdeu a eleição e, mais importante ainda, a capacidade de interferir no andamento das coisas, o que se vê é a perspectiva não apenas de que a inflação continue subindo e voltando para o patamar onde deveria estar, mas também uma continua depreciação da capacidade produtiva do Brasil, o que se refletirá em uma diminuição do valor do Produto Interno Bruto (PIB).
A verdade que teima em aparecer, agora que a fumaça dos piquetes da extrema-direita está baixando, é que as medidas ultraneoliberais de Paulo Guedes, que incluíram a privatização criminosa de várias estatais estratégicas, colocaram a economia em um estado de paralisia, a qual foi fortemente agravada pelas políticas anti-ambientais que expulsaram investidores internacionais que não quiseram estar relacionados ao processo de desmatamento que hoje come solto na Amazônia e no Cerrado.
O resumo desta ópera bufa montada por Jair Bolsonaro e Paulo Guedes é que o presidente eleito terá um primeiro ano de mandato muito complicado, já que a situação econômica deixará pouco espaço para erros.