Os preços das commodities são invariavelmente afetados por ciclos de altas e baixas, o que implica em alto grau de incerteza para produtores que investem tudo o que tem nelas, especialmente durante ciclos virtuosos de preços altos. O Brasil, como talvez nenhum outro país do Sul Global, está fortemente aferrado em sua dependência da produção e exportação de commodities agrícolas, especialmente a soja.
O problema dessa dependência aparece quando se instala um período de preços baixos, como o que está ocorrendo neste momento. Para piorar, a situação da economia global está causando uma forte elevação de custos, especialmente no preço de fertilizantes e agrotóxicos.
Outra variável de complicação se relaciona ao clima, afetando pelo aquecimento da atmosfera da Terra e a ocorrência de ciclos imediatamente alternados de El Niño e La Ninã. Como isso, pioram acentuadamente as perspectivas de produção, na medida em que determinadas regiões serão afetadas por períodos de chuvas e secas extremas.
Pois bem, essa é exatamente a situação atual do Brasil. Com isso tudo, as perspectivas da economia brasileira não são exatamente animadoras e com tendência a piorar. É interessante notar que as pressões para que o governo federal abra as comportas dos subsídios baratos certamente vão aumentar, visto que tem muita gente que já está devendo a entrega de safras futuras e da compra antecipada de insumos agrícolas.
Há outro gargalo: as sementes geneticamente modificadas, que tendem a aumentar de preços, de forma exponencial.
CurtirCurtir
Por gentileza! Não mandar mais e-mail! Bom final de tarde!
CurtirCurtir
José Mária, eu não te adicionei na lista, mas irei remover seu nome.
CurtirCurtir