O ato praticado pelo ex-deputado federal e presidente do morimbundo Partido Trabalhista Brasileiro, Roberto Jefferson que já foi rebatizado de “Bob Granada”, pode ter sido a pá de cal na campanha eleitoral do presidente Jair Bolsonaro. E, pasmemos todos, isso não se dará por causa dos confessados 50 tiros disparados contra uma equipe da Polícia Federal ou das 3 granadas que Bob Granada desepejou em cima dos policiais que procuravam cobertura atrás da viatura que os levou até o normalmente bucólico município de Comendador Levy Gasparian.
A pá de cal está sendo dada pelas reações do próprio Jair Bolsonaro que inicialmente ensaiou uma defesa de Bob Granada, mas que premido pelas evidências passou a tentar se distanciar dele, com o uso de adjetivos, digamos, pouco lisonjeiros.
O problema é que ao hesitar em face de uma ação que se mostra como algo que não foi pensado sozinho por Bob Granada, Jair Bolsonaro explicita uma fraqueza de liderança que nem inspira seus seguidores menos aguerridos ou, tampouco, atrai eleitores indecisos.
Para piorar ainda mais uma situação que já se mostra ruim, a mídia corporativa não para de vazar os planos de arrocho salarial e fiscal que Paulo Guedes planeja executar caso Jair Bolsonaro consiga vencer as eleições. Se até a semana passada se sabia do plano para desindexar o salário-mínimo, aposentadorias e pensões da inflação passada, hoje se sabe que haverá um aperto na cobrança do Imposto de Renda.
Convenhamos que para seguir na toada de Jair Bolsonaro, a pessoa tem que estar muito, mas muito convicta, pois há a mistura de arrocho extremo e ato terrorista não pega bem para nenhuma candidatura.