(Des) governo Cabral é dobrado pela força da greve da UENF e aceita começar processo de negociação

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Qualquer servidor público fluminense que já teve que ir à luta em busca de melhores salários sabe que o (des) governo comandado pela dupla Sérgio Cabral/Luiz Fernando Pezão além de ter arrochado salários ao extremo, não tem muita disposição para dialogar. Pior ainda é quando uma determinada categoria decide entrar em greve. Além das experiências de repressão explícita com nos casos de bombeiros e professores, a máxima desse (des) governo é “só negocio se sairem de greve”. E o pior, como bem sabem os professores da UENF, sair de greve é normalmente a dica para mais desrespeito e procrastinação por parte de Cabral e seus (des) secretários. Aliás, esse (des) governo só é rápido mesmo quando se trata de atender as demandas de grandes grupos econômicos. Ai Sérgio Cabral e Pezão são só amor.

Pois bem, após 21 dias de uma greve que reúne todos os segmentos da comunidade universitária da UENF e que já ganhou repercussão nacional, o (des) secretário estadual de Planejamento e Gestão, Sérgio Ruy Pereira, está tendo que descer do seu altar de intransigência e se reunir com o comando de greve dos professores para retomar um processo de negociação que já foi suspenso duas vezes, após a aceitação da chantagem “ou sai de greve ou não negociamos”.  A questão é que dessa vez, os professores não estão dispostos a esta demanda que só implicou na necessidade de fazer novas greves. 

De toda forma, essa reunião que deverá ocorrer nesta 5a. feira (03/04) já é uma primeira vitória do movimento de greve. Afinal, a reunião acontecerá com os professores dos dois campi da UENF (Campos e Macaé) firmemente em greve, mas também nas ruas realizando atividades políticas que servem não apenas para expor a miséria salarial que foi criada pelo (des) governo Cabral, mas principalmente para renovar um diálogo sempre necessário com a população que é a principal interessada na existência de uma universidade pública, gratuita e de qualidade.

E é bom que o (des) governo do Rio de Janeiro saiba que dessa vez não serão ameaças vãs que vão acabar com a esta greve. Esta vai ser a hora de negociar uma solução duradoura para a UENF. Ou é isso ou a greve vai continuar.

2 comentários sobre “(Des) governo Cabral é dobrado pela força da greve da UENF e aceita começar processo de negociação

    • Alberto, não sei onde você tem estado nos últimos 7 anos, mas o (des) governo de Sérgio Cabral, que paga hoje os piores salários do Brasil ao funcionalismo público estadual fluminense, só parece entender e atender as categorias que decidem entrar em greve. Diante disso, não é a incrível a capacidade de quem acredita na capacidade das greves resolverem as coisas. Incrível mesmo é a incapacidade do atual (des) governo do Rio de Janeiro em sair de sua posição de intransigência férrea e negociar de verdade com o funcionalismo. Até que mudem de posição, greve parece ser a única saída. E se é para ser assim, que seja.

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