A matéria abaixo do jornal O DIÁRIO dá conta de um interessante paradoxo que hoje marca a vida da Uenf. De um lado, a excelência de seu quadro de docente e técnico e um corpo estudantil dinâmico, e, de outro, a asfixia financeira imposta pelo (des) governo Pezão. No meio disso, a reitoria da Uenf continua agindo como estafeta de Pezão, se comportando apenas como uma gerente de massa falida, mais preocupada em defender o patrão do que defender a universidade que deveria representar.
Felizmente nas eleições que se avizinham para a reitoria, a comunidade universitária poderá retirar o grupo político que comanda a reitoria desde 2003, pondo um final na subserviência crônica que só beneficia os interesses privados de uma minoria em detrimento da consolidação de uma universidade pública, gratuita, democrática e de qualidade. Essa será uma chance histórica de recolocar a Uenf nos trilhos, retirando a reitoria da posição subalterna em que se encontra em face de um (des) governo que prefere financiar a Ambev e deixar à míngua as universidades estaduais.
Um detalhe interessante em relação ao ranking citado na matéria, há que lembrar que Uenf só figura no topo do quesito corpo docente porque possui 100% dos seus professores doutorado. A questão é que a atual reitoria queria acabar com o regime de Dedicação Exclusiva e a exigência do titulo de doutor, e isto apenas não aconteceu porque houve uma forte reação da comunidade universitária que impediu esse golpe contra o projeto idealizado por Darcy Ribeiro. Aliás, nas próximas eleições para a reitoria seria interessante verificar qual foi o voto dos candidatos que ocupavam cargo no Conselho Universitário em relação a essa questão.
