Ciência nacional, outra potencial vítima do golpe. A China diz tchau, baby!

xi jinping

Já abordei aqui neste blog, e também repercuti matérias de outras fontes, mostrando que a ciência brasileira está entre aqueles segmentos que estão marcados para enfrentar grandes perdas com a instalação do governo interino (ou seria golpista?) de Michel Temer. 

É que a essência do grupo que tomou de assalto o governo federal a partir do golpe branco em Dilma Rousseff é da negação de um projeto de Nação. Essa questão não aparece claramente, mas a sanha com que desmantela qualquer resquício da afirmação de uma identidade nacional se tornou óbvia com a destruição do Ministério da Cultura, mas obviamente não para ai.

Acabo de ler um artigo publicado pelo Jornal da Ciência, vinculado à Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) dando conta do grave risco representado pela Proposta de Emenda à Constituição (PEC) nº143/2015 que, se aprovada, desvinculará 25% da receita de estados e municípios de áreas como saúde, tecnologia e pesquisa (Aqui!).

Como várias outras propostas de PEC que estão tramitando de forma quase invisível pelo Senado Federal, a PEC 143/2015 representará uma tesourada extrema no financiamento da da saúde e da ciência, já que os estados e municípios ficarão desobrigados de investir em tecnologia e pesquisa. Essa “liberdade” certamente será aproveitada, já que a maioria dos ocupantes de cargos executivos no Brasil não entende (e nem quer entender) os ganhos exponenciais que o desenvolvimento científico e tecnológico representa para a afirmação de um projeto de Estado Nação forte. Se preocupar com a saúde da maioria da população, isto então nem é bom lembrar!

Como já observei anteriormente, no caso do desinvestimento na área científica é justamente o oposto do que está fazendo a China neste exato momento. E as razões para o governo da China aumentar o investimento no desenvolvimento da ciência chinesa estão  relacionadas ao objetivo estratégico de transformar o pais num exportador de tecnologia avançada e diminuir a dependência da balança comercial chinesa da venda de manufaturas. Aliás, a ideia de que a China produzindo apenas penduricalhos baratos para saciar o apetite de consumo mundial já é ultrapassada, e tenderá a ficar ainda mais nos próximos anos.

Enquanto isso, aqui no Brasil a guilhotina no financiamento da ciência está sendo armada de forma furiosa.  Adivinhem quem vai ficar na poeira do desenvolvimento com a aprovação da PEC 143/2015 e a aplicação dos planos de desenvolvimento científico da China? 

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