O uso de igreja pela PM para bombardear servidores escancara fraqueza do (des) governo Pezão

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Esqueçamos por um minuto a crise institucional instalada em Brasília pela recusa de Renan Calheiros (PMDB/AL) em atender uma decisão liminar do Supremo Tribunal Federal para vacar o cargo de presidente do Senado Federal, e dirijamos nossa atenção ao sofrido estado do Rio de Janeiro, mais precisamente na Assembleia Legislativa e seus arredores. 

É que hoje começaram as votações do chamado Pacote de Maldades do (des) governo Pezão que tenta empurrar para as costas dos servidores e da população o ônus de anos de farra fiscal e apropriação ilegal de recursos públicos.

Pois bem, em meio á grotesca repressão policial que tentou afogar em gás o protesto realizado por servidores públicos, uma cena serviu para escancarar a crise de legitmidade em que se encontra o (des) governador Luiz Fernando Pezão e seu séquito de (des) secretários com super salários. Falo do uso das dependências da Igreja de São José, que fica ao lado da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), para de lá atirar balas de borracha e jogar bombas de efeito moral nos manifestantes que se encontravam do outro lado da rua (ver imagens abaixo).

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Tendo frequentado inúmeras manifestações políticas que ocorreram nos anos finais do regime militar de 1964 na mesma área da cidade do Rio de Janeiro, não me recordo de ter presenciado a invasão de uma igreja por forças policiais para dali atirar em manifestantes.

Mas convenhamos, esse show de truculência com o uso de uma igreja é algo que só poderia mesmo acontecer no (des) governo Pezão. É que a crise é tão grande que se está lançando mão das medidas mais absurdas para conter uma oposição que, convenhamos, não chega a ser tão grande assim.

Por isso, eu reafirmo que toda essa violência expressa, ainda que contraditoriamente, o nível de fragilidade em que o (des) governo Pezão se encontra. Isso é tão evidente que mesmo tendo maioria absoluta dentro da Alerj, o (des) governo Pezão foi derrotado na única votação importante do dia que era, pasmemos todos, o fim dos super salários que alguns (des) secretários recebem, ultrapassando o teto constitucional, e queriam continuar recebendo.

A verdade é que a crise política e financeira do Rio de Janeiro tem causas que nada tem a ver com os salários, aposentadorias e pensões dos servidores públicos. E, voltando a Brasília, o Rio de Janeiro parece ter se tornado uma espécie de oráculo sobre o que está por vir no plano nacional. Resta saber quem aqui vai receber o cutelo do STF e quando.

4 comentários sobre “O uso de igreja pela PM para bombardear servidores escancara fraqueza do (des) governo Pezão

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