O jornal “EXTRA” publicou na tarde deste sábado uma matéria mostrando uma reunião regada a vinhos selecionados entre o ex-prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PMDB), e seu afilhado político, o deputado federal Pedro Paulo (PMDB), num estabelecimento localizado no estado estadunidense de Maryland [1].
Em primeiro lugar há que se dizer que não há de ilegal em dois amigos se encontrando para sorver garrafas de vinho em qualquer do mundo que eles escolham fazer. Olhando a carta de vinhos do Sugarloaf Mountain Vineyard (em português, vejam que coincidência, Vinícola da Montanha do Pão de Açúcar!) mostra que os preços lá são até bastante razoáveis em comparação a estabelecimentos similares no Brasil, com taças girando numa faixa de R$ 24,00 até próximo de R$ 40,00 [2]. E para quem já gastou para chegar na distante Dickerson, estes preços são até baratos.
O problema é que enquanto esses dois amigos usufruem das gosturas etílicas na costa leste dos EUA, a população da cidade e do estado Rio de Janeiro estão passando por graves dificuldades em função das políticas que o partido deles aplicou com sofreguidão ao longo da última década.
Por isso, é que quando personagens como o (des) governador Pezão e seu (des)secretário de Fazenda, Gustavo Barbosa, têm a pachorra de vir a público para falar de sacrifícios ainda maiores para a população e para os servidores estaduais, é preciso lembrar que a crise que eles ajudaram a criar é seletiva, mas muito seletiva mesma.
Finalmente, apenas como sou geógrafo, quero lembrar que Dickerson, cidade onde está localizada a Sugarloaf Moutain Vineyard, fica distante 64 km da capital dos EUA, Washigton, onde reside atualmente o ex-prefeito Eduardo Paes. Já a distância em relação a Wilmington, localizada no paraíso fiscal de Delaware, é de 216 km. Para quem não sabe, é em Wilmington que muitos negócios foram realizados, inclusive a catastrófica operação Delaware que faliu o RioPrevidência.
[2] https://www.smvwinery.com/enjoy-sugarloaf-mountain-wines/
Cada vez mais estuporado,o povo do RJ assiste pacificamente aos infortúnios contra ele perpetrados.Esse partido vem arruinando o país há décadas,impoluto e inatacável.A descrença e o desalento jamais vividos por nós,só são minimizados através da explicitação clara e corajosa de Profs como você.Sem nossas interlocuções é inviável reunir energia para prosseguir acreditando q em algum momento próximo tudo se estabilizará,sem mágica…Att,boa noite e muita sorte!
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novembro 5, 2017 às 12:22 amPedlowski, faço parte do Núcleo Niteroi da Auditoria Cidadã da Dívida Pública. Há muito tempo aprendo com você sobre a crise do Rioprevidência ( sou professora aposentada da SEEDUC) e acabei chegando ao relatório da auditoria do TCE, onde aprendi mais um pouquinho. Este pouquinho resultou num texto que serviu de base para que o Núcleo Niteroi da ACD montasse um esquete de 15 minutos sobre o Rio previdência, que apresentaremos no próximo sábado, dia 11/11/17, no evento Virada Política, que se realilizará no Viva Rio. Gostaríamos ( muito) que você pudesse dar uma olhada na esquete, nos desse sua opinião e, se possível, contar com sua presença na apresentação de nossa peça. Chama-se “Rio previdência: Cadê o dinheiro que estava aqui?” Vamos apresentar esta peça em todos os lugares que pudermos, para por fim a este tenebroso silêncio que cerca a verdadeira rapinagem que fizeram com a nossa previdência Sirtes.
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É só enviar o esquete para o endereço eletrônico do blog que eu terei o maior prazer de dar uma olhada no trabalho de vocês.
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