Enquanto as políticas anti-ambientais do governo Bolsonaro colocam tocam fogo na Amazônia, Ricardo Salles está à toa na vida.
Imagens de satélite estão mostrando que boa parte da América do Sul está sendo coberta por nuvens de fumaça vindas das milhares de queimadas que estão sendo acesas com a vegetação que está sendo tombada das florestas da Amazônia brasileira (ver exemplo abaixo).
Não bastassem as imagens de satélite, relatos de diversas tragédias que estão alcançando aqueles que estão ficando literalmente do fogo cruzado começam a surgir na mídia alternativa, como foi o caso de um casal de idosos que morreu abraçado tentando escapar de um incêndio aparentemente criminoso que atingiu um assentamento de reforma agrária no município de Machadinho do Oeste em Rondônia.
Enquanto o fogo que se espalha por boa parte da Amazônia ceifa vidas e extermina a biodiversidade, o ministro (ou seria anti-ministro?) do Meio Ambiente, Ricardo Salles, se ocupa de fazer paródias em sua página oficial na rede social Twitter. Frise-se ainda que a paródia feita foi uma tentativa (tosca é preciso que se diga) de responder à informação que o improbo ministro está sendo investigado pelo Ministério Público Estadual de São Paulo por suposto enriquecimento ilícito entre 2012 e 2017, período em que ele alternou suas pouca rentáveis atividades como advogado com cargos no governo tucano de Geraldo Alckmin.
Em mais essa mostra de inaptidão para ocupar um ministério chave para a manutenção do Brasil como um “player” não apenas no fornecimento de commodities agrícolas e minerais para os mercados globais, mas também nas políticas internacionais de mitigação das mudanças climáticas, como é o caso do Meio Ambiente (MMA), Ricardo Salles utilizou-se da canção “A banda” para tentar atacar (no caso a mídia corporativa) quem divulga os seus problemas com a justiça, realizando um ataque primário à Chico Buarque e ao jornalista Glenn Greenwald.
Um conforto nesse tweet é que Ricardo Salles finalmente reconheceu publicamente e em veículo pessoal algo que já é sabido por todos, que é o fato dele “estar à toa na vida”. O problema é que a sua gestão desastrosa à frente do MMA, não apenas a Amazônia queima, como queimam pessoas e a rica biodiversidade que ela contém.
Quando a conta da presença do improbo ministro Ricardo Salles à frente do MMA finalmente chegar (e ela vai chegar), quem hoje ri com a situação criada por ele também vai chorar, como hoje chora quem está perdendo tudo para o fogo alimentada pela ação deliberada de destruir a governança ambiental e os mecanismos de comando e controle está destruindo.
Republicou isso em Arnaldo V. Carvalho.
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