O normalmente pragmático vice-prefeito de Campos dos Goytacazes, Frederico Paes, parece ter sido picado pela mosca azul
Li em algum lugar uma previsão do vice-prefeito Frederico Paes de que o seu chefe (ou seria o contrário?), Wladimir Garotinho se encaminha para uma vitória em primeiro turno nas eleições municipais de 2024.
Pois bem, esse tipo de avaliação precoce já levou a muitos erros e tropeços na política, inclusive aqui mesmo em Campos dos Goytacazes. Basta lembrar quando o então candidato situacionista Geraldo Pudim perdeu uma eleição que o seu grupo político considerava ganha para Carlos Alberto Campista.
A verdade é que em política há sempre ter muito cuidado para que o otimismo exagerado não seja considerado soberba. Mas isso é só uma observação básica, pois existem outras considerações a serem feitas, especialmente um município em que a extrema miséria não para de crescer (aliás, cresce em ritmo exponencial).
É que o crescimento da miséria extrema sinaliza de forma enfática que, apesar de toda a propaganda oficial, o atual governo não age para elevar a condição de vida dos mais pobres. E, pior, com suas políticas que servem para a continuidade de um padrão que contribui para o avanço da miséria extrema serve como uma luva para os interesses daqueles que sempre beneficiaram dos ciclos virtuosos das finanças municipais.
Por outro lado, o atual deserto de candidatos viáveis para serem uma oposição eleitoral ao prefeito Wladimir Garotinho me parece meramente circunstancial, pois na guerra e na paz há sempre que se combinar antes com os russos. E eu vejo pelo menos uma possível candidatura que tem todo o potencial de mobilizar a juventude e segmentos populares campistas que é a da jovem professora Natália Soares do PSOL. Para enxergar este potencial asta verificar o crescimento consistente da sua capacidade de angariar votos nas últimas eleições e mque participou com orçamentos bastante modestos. Se o PSOL não cair na besteira de lançá-la candidata a vereadora, ela tem tudo para exercer uma pressão real sobre as chances de reeleição de Wladimir Garotinho. E isso ssrá fato, mesmo se levando em conta a deficiente estrutura partidária e de cabos eleitorais que caracterizou as últimas participações eleitorais do partido em todo o Brasil.
Assim, alguém precisa avisar ao vice-prefeito Frederico Paes que há que se tomar muito cuidado com avaliações hiper otimistas para não se acabar no colo com mais um vexame como o que destruiu a carreira política de Geraldo Pudim (isto sem falar da surra implacável que Chicão Oliveira levou de Rafael Diniz).
Falo isso porque como ando mais pelas ruas do que em gabinetes refrigerados como faz Frederico Paz, e posso garantir que há mais razões para cuidado do que para certeza de vitória. Finalmente, como Frederico Paes parece entusiasmado com repetidas visitas de delegações chinesas, há que se lembrar do velho ditado que diz que “quem tem olho grande não entra na China”. Simples assim!