Quem acompanha há mais tempo as mobilizações na Universidade Estadual do Norte Fluminense sabe que faz tempo que não se consegue a unificação de professores, servidores técnicos e estudantes num mesmo processo de greve. Aliás, a última vez que isso ocorreu foi em 2000 na longa greve que culminou no processo de autonomia da UENF em relação à FENORTE.
Agora com todo o descalabro causado por 7 anos de asfixia financeira da UENF e da corrosão de salários e bolsas estudantis, a unidade está sendo restabelecida num processo de greve. Aliás, o fato dos estudantes estarem em greve por sua pauta específica retira do (des) governo Cabral a cartada da chantagem que é exigir que se saia de greve para “não prejudicar os estudantes”. O fato é que se (des) governo Sérgio Cabral tivesse alguma preocupação real com os estudantes já teria garantido a conclusão do bandejão e a construção de moradias estudantis. Mas não, a opção tem sido justamente a oposta, e os estudantes-bolsistas tem mesmo é convivido com atrasos constantes no pagamentos de bolsas cujos valores são para lá de insuficientes.
De toda forma, o que está se desenhando é a retomada de um processo de unificação das diferentes categorias que, apesar de marcharem por pautas específicas, já parecem ter entendido que só unidas vão conseguir dobrar a intransigência da dupla Sérgio Cabral/Luiz Fernando Pezão.
E sim, esta greve tem ainda a novidade de pela primeira vez em sua história, a FENORTE estar experimentando uma vigorosa greve de seus servidores!

