Matéria do “El País” mostra drama dos atingidos pelo TsuLama e a impunidade dos responsáveis. E, se depender do governo Temer, outras Marianas virão!

No meio da crise política em que o Brasil está envolvido acabei deixando passar despercebida uma excelente matéria publicada pelo jornal El País em sua versão brasileira sobre o TsuLama. A matéria é resultado de uma parceria com a Agência Pública e mostra a condição de abandono a que estão submetidas as populações que foram atingidas pelo TsuLamada Samarco (Vale +BHP Billiton). A reportagem traz um excelente vídeo que mostra as falas dos atingidos e de sua convicção de que o Rio Doce foi completamente destruído pelo TsuLama.

O interessante é que hoje em seu site “Direto da Ciência”, o jornalista Maurício Tuffani aponta que as lições de Mariana parecem não ter sido aprendidas minimamente, já que persiste a ideia de rebaixar as diretrizes protecionistas que existem no Código da Mineração (Aqui!), já que o novo ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Bezerra Filho  (PSB/PE) defende a remoção das proteções ambientais para facilitar ainda mais a vida das mineradoras.  Diante disso, Tuffani perguntou quantas Marianas seriam necessárias para Bezerra Filho (suponho aprender as lições que o TsuLama trouxe).  Na minha modesta opinião, Bezerra Filho não tem a menor disposição de sequer tentar aprender as dolorosas lições que são mostradas na reportagem do El País.

Seis meses depois da lama da Samarco, comunidades do Rio Doce lutam por justiça

Agência Pública acompanhou caravana de movimentos sociais

Encontrou comunidades desestruturadas e ribeirinhos sem fonte de renda

Por ANAH ASSUMPÇÃO / LEONARDO BLECHER

O rompimento da barragem de Fundão, em Mariana, continua impactando comunidades que dependiam do Rio Doce para obter sustento econômico, abastecimento hídrico, alimentação e lazer. Seis meses após o desastre provocado pela Samarco, pertencente às maiores mineradoras do mundo, BHP Billinton e Vale S.A, pouco foi feito para remediar a situação dessas comunidades.

 A Samarco negociou um acordo com os Governos estadual e federal e a Justiça para minimizar as reparações devidas, deixando ribeirinhos sem renda e comunidades desagregadas.

Enquanto a barragem segue despejando lama contaminada de rejeitos de minério à bacia do Rio Doce, ribeirinhos e indígenas lutam por recompensa pelos direitos violados.

A reportagem da Pública acompanhou a Caravana Territorial da Bacia do Rio Doce, articulada por movimentos sociais, pesquisadores acadêmicos e representantes do Ministério Público para fortalecer e ouvir as comunidades atingidas.

No percurso entre Regência, no Espírito Santo, e Governador Valadares, em Minas Gerais, investigou e registrou a situação dos povos do Rio Doce. Confira a reportagem em vídeo:

FONTE: http://brasil.elpais.com/brasil/2016/05/07/politica/1462657472_211515.html

Deixe um comentário

Preencha os seus dados abaixo ou clique em um ícone para log in:

Logo do WordPress.com

Você está comentando utilizando sua conta WordPress.com. Sair /  Alterar )

Foto do Facebook

Você está comentando utilizando sua conta Facebook. Sair /  Alterar )

Conectando a %s