A situação de abraço de afogados foi explicitada pelo ainda presidente “de facto” Michel Temer e o (des) governador Luiz Fernando Pezão com a assinatura presidencial da Lei de Recuperação Fiscal que engloba uma série de medidas draconianas contra o funcionalismo público dos estados em condição falimentar, a começar pelo Rio de Janeiro.
A condição de afogamento de Temer e Pezão está mais do que clara em função de revelação de situações nada republicanas envolvendo o Grupo JBS Friboi. É que as denúncias envolvendo Michel Temer também respingam (na forma de milhões de reais) em Luiz Fernando Pezão. Diante dessas revelações, a situação dos dois políticos do PMDB está se tornando, digamos, muito complexa.
Mas para quem pensa que o (des) governador Pezão está pensando em ir para Piraí para calmamente aproveitar a vida, engane-se profundamente. É que recebi ontem a informação de dentro da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) dando conta que já na próxima 4a. feira (24/05), a base do (des) governo Pezão vai tentar aprovar o aumento das contribuições previdenciárias dos servidores de 11% para 14%, e também irá tentar incluir a taxa extra de 8% por um período não claramente determinado.
Se me perguntarem o do porquê da insistência de Pezão de tentar imputar mais esses ônus para servidores que já vivem num estado completo de penúria, eu diria que ele apenas tenta prolongar a sua utilidade às corporações que, de fato, controlam o executivo fluminense. Com isto, ele tenta evitar o mesmo destino já dado ao ex (des) governador Sérgio Cabral e tanto de seus ex-colegas de (des) governo.
Entretanto, aos servidores estaduais pouco devem importar os motivos de Luiz Fernando Pezão. A verdade é que se não houver uma rápida e forte reação nas portas da Alerj, esses e outros retrocessos (como o fim dos triênios e das licenças prêmio) vão passar. É que está com medo de cair, sempre tem muita pressa, e a estas alturas, o tempo urge para o (des) governador Pezão e sua base parlamentar na Alerj.
Assim, servidores estaduais, agora é a hora de ocupar as ruas. Depois vai ser tarde demais.